HIV: A Ultima Palavra em evolução (2/3)

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2. Porque algumas pessoas são resistentes ao HIV?
O HIV é sem dúvida a primeira praga que as populações humanas enfrentaram. Muitos patógenos têm afetado profundamente nossa história evolutiva. De fato, o genoma humano está cheio de vestígios das antigas batalhas contra patógenos – e um desses vestígios, uma mutação de um gene chamado CCR5, pode levar pesquisadores a um novo tratamento do HIV.

 

A mutação CCR5 na Europa
O alelo mutante CCR5 provavelmente começou a se espalhar no norte da Europa durante os últimos 700 anos quando a população estava assolada pela peste. (Pode ter sido a peste bubônica ou outro patógeno; ainda está sendo investigado). O mutante CCR5 provavelmente fez seus portadores se tornarem resistentes a doença, então sua freqüência aumentou.

Hoje em algumas partes da Europa, mais de 20% da população carrega pelo menos uma cópia do alelo protetor. Porém, a população da Ásia e da África não foi exposta as mesmas epidemias; Pouquíssimos Asiáticos e Africanos carregam atualmente o alelo (veja o mapa acima). Assim, o CCR5 é muito comum no norte da Europa, mas sua freqüência diminui à medida que se move para o sul e a mutação é rara no resto do mundo.

Nós sabemos que o alelo mutante CCR5 tem um efeito colateral inesperado: ele confere resistência ao HIV. Cientistas esperam que o estudo deste subproduto da seleção do passado irá ajudá-los a desenvolver novos tratamentos para a epidemia de HIV que assola as populações humanas atualmente.

• Mapa de freqüência do CCR5, adaptado a partir de Evolution: The Triumph of an Idea, de Carl Zimmer, © 2001, Harper Collins Publishers. Reproduzido com autorização.


Leia a Nota de Imprensa da Universidade da California em Berkeley sobre como a AIDS na África pode afetar a evolução humana
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Tradução em espanhol do site Entendendo a Evolução para Professores da Sociedade Espanhola de Evolução Biológica.