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  • Um papel para a deriva genética: A deriva genética pode fazer com que genes neutros ou mesmo ligeiramente desvantajosos se encontrem em frequências altas em populações pequenas. O modelo que explica como uma população pode passar por estágios pouco adaptativos no caminho para alta adaptação é chamado de teoria do equílibrio instável.

    Aqui está um exemplo simples de como a teoria do equilíbrio instável funciona. Imagine uma espécie de aves que comem sementes (como os tentilhões de Darwin) onde o tamanho do bico é controlado por um único gene (é claro que na vida real, traços como esse são controlados por muitos genes – mas a ideia é a mesma em ambos os casos). Indivíduos BB têm bicos grandes, indivíduos Bb têm bicos médios e indivíduos bb têm bicos pequenos. Essas aves vivem em um lugar onde sementes grandes e pequenas são abundantes, mas não há sementes médias disponíveis. As populações onde todos os indivíduos têm bico grande têm uma média de adaptação bem alta – eles podem abrir sementes grandes. Populações onde todos os indivíduos têm bicos pequenos se dão bem (eles podem manipular sementes pequenas) – mas não tão bem quanto os indivíduos de bico grande. Os indivíduos de bico médio têm a menor taxa de aptidão – eles não são particularmente bons nem com as sementes pequenas nem com as grandes (e sementes médias não estão disponíveis). Um gráfico dessas frequências gênicas e do nível de aptidão resultante das populações é representado aqui (direita, abaixo). Esse tipo de gráfico é chamado de panorama adaptativo panorama adaptativo.

    Paisagem adaptativa hipotética

    Agora imagine uma população pequena de indivíduos de bico pequeno (todos com genótipo bb). Eles têm alta aptidão (eles estão em um local auge), mas não tão alta quanto a população de indivíduos de bico grande. Através de fluxo gênico, alguns alelos são introduzidos na população. Se a seleção estivesse agindo sozinha, ela iria extirpar esses alelos da população já que eles aparecem em indivíduos Bb que tem menor aptidão. Sob somente a seleção, a população jamais poderia atingir o auge de aptidão (BB).

    Ervas daninhas seleção sozinho para fora indivíduos Bb

    Entretanto, como a população é pequena, a deriva pode ser uma força poderosa. Apenas por acaso, as frequências dos alelos B aumentam na população após algumas gerações (e a população cai para um vale no panorama adaptativo). Se o alelo B se tornar frequente o suficiente, a população irá começar a ter indivíduos BB que tem maior aptidão. Conforme isso acontece, a seleção começa a aumentar a frequência de B (a população sai do vale e a seleção a empurra para em direção ao pico global de aptidão). Eventualmente, através da ação da deriva genética combinada com a seleção, a população sai de um pico local de aptidão, passar por um vale de baixa aptidão e vai para o pico global de adaptação.

    Deriva genética pode mover uma população para a freqüência do alelo 50/50

    É claro que o exemplo acima é simplificado, baseado em um único locus com dois picos de aptidão no panorama adaptativo. No mundo real, muitos loci afetam a aptidão de uma população e um panorama adaptativo pode ter múltiplos picos e vales. Um panorama complexo envolvendo apenas dois loci está representado a seguir.

    paisagem adaptativa

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Tradução em espanhol do site Entendendo a Evolução para Professores da Sociedade Espanhola de Evolução Biológica.