Tendências na Evolução

  1. O que é uma tendência?
    Uma tendência evolutiva pode ser alterações direcionadas dentro de uma única linhagem ou alterações paralelas entre linhagens, em outras palavras, várias linhagens passando pelo mesmo tipo de mudanças. Entretanto, não é qualquer alteração que conta como tendência. Afinal de contas, se o clima fica mais quente um dia, você não chamaria de tendência de aquecimento; o aquecimento precisaria persistir por um período de tempo antes de chamarmos de tendência. Biólogos pensam nas tendências evolutivas da mesma maneira – tem que ter algo na alteração que sugira que não é apenas uma oscilação aleatória, para considerarmos “tendência”.

    Flutuação aleatória vs Uma tendência

    Por exemplo, os titanotheres (um clado bacana, já extinto, relacionado aos cavalos e rinocerontes modernos) exibem uma tendência evolutiva. Os titanotheres tinham protuberâncias ósseas que se expandiam dos seus narizes. A sequência de fósseis dos crânios desses animais mostra que as mudanças evolutivas no tamanho dos seus “chifres” não foram aleatórias; ao contrário, as mudanças foram tendenciosas na direção do aumento do tamanho do chifre. E de fato, várias linhagens de titanotheres passaram pelo mesmo tipo de alteração do tamanho do chifre.

    As reconstruções dos titanotheres representadas aqui estão entre 55 (A) e 35 (D) milhões de anos atrás. A causa dessa tendência não é óbvia. Pode ser um subproduto da seleção natural para crescimento do tamanho do corpo e/ou pode ser um resultado de seleção direta de tamanho de chifre: indivíduos com chifres grandes podem ter tido vantagem nas “lutas de cabeças” por fêmeas, como nas ovelhas e cabras.

    Outras tendências evolutivas não são tão consistentes nas linhagens. Por exemplo, muitas linhagens animais diferentes sofreram cefalização, que é, basicamente, “a evolução da cabeça”. A cefalização envolve a concentração de neurônios em um cérebro em um extremo do animal e a evolução de órgãos sensoriais nesse mesmo extremo. Artrópodes (crustáceos, insetos e família), anelídeos (vermes segmentados) e cordados, todos sofreram crescente cefalização. Entretanto, muitas linhagens animais não sofreram muita cefalização (onde está a cabeça de uma estrela-do-mar?), e outras linhagens, como muitos parasitas internos, foram na direção contrária, perdendo a “cabeça” com a qual surgiram.

    Cefalização entre os animais

  2. A evolução é progressiva?
    Essa não é uma questão fácil de responder. Da perspectiva de uma planta, a melhor medida de progresso poderia ser a habilidade fotossintética; já da perspectiva da aranha poderia ser a eficiência de um sistema de distribuição de veneno.

    O que é progresso?

    The problem is that we humans are hung up on ourselves. We often define progress in a way that hinges on our view of ourselves, a way that relies on intellect, culture, or emotion. But that definition is antropocêntrica.

    É tentador olhar a evolução como uma grande e progressiva escada com o Homo sapiens emergindo no topo. Mas a evolução produz uma árvore, não uma escada – e nós somos apenas uma das muitas folhas da árvore.

    A evolução é uma árvore, não uma escada

    Explore mais
    •  O que causam as tendências evolutivas?
    •  Há uma tendência para a complexidade?


    • Titanothere illustration from Osborn, H.F. 1929 The titanotheres of ancient Wyoming, Dakota and Nebraska. U.S. Geol. Surv. Monogr. 55

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Tradução em espanhol do site Entendendo a Evolução para Professores da Sociedade Espanhola de Evolução Biológica.