Exemplos de microevolução

Microevolução é definida como uma mudança na frequência gênica em uma população. Por causa da curta escala de tempo desse tipo de alteração evolutiva, nós podemos, às vezes, observá-la acontecer diretamente. Nós temos observados inúmeros casos de seleção natural na natureza, como exemplificado nas árvores representadas aqui.

1. O tamanho do pardal
   Os pardais domésticos foram introduzidos na América do Norte em 1852. Desde aquele tempo os pardais evoluíram características diferentes em locais diferentes. Populações de pardais no norte têm o corpo mais largo do que os das populações do sul. Essa divergência em populações é no mínimo parcialmente um resultado da seleção natural: pássaros com corpos maiores podem geralmente sobreviver a temperaturas mais baixas do que os que têm corpos menores. O clima mais frio do norte pode selecionar os pássaros com o corpo maior.



Como esse mapa¹ mostra, pardais em lugares mais frios são normalmente maiores do que os de locais mais quentes. Já que essas diferenças são provavelmente baseadas na genética, elas quase certamente representam mudanças evolutivas: populações descendentes da mesma população ancestral têm diferentes freqüências genéticas.

2. Lidando com o aquecimento global
   Nós observamos seleção natural seguindo muitas mudanças induzidas por humanos no ambiente. Por exemplo, o aquecimento global tem causado temperaturas ligeiramente maiores e os verões mais longos. Quais são os efeitos evolutivos dessa alteração ambiental? Nós estamos apenas começando a descobrir as respostas para essa questão conforme novos dados são coletados.

   Considere o efeito potencial do aquecimento global nos organismos que hibernam durante o inverno. Esses organismos param o crescimento e a reprodução durante o inverno. Eles provavelmente seriam mais “adaptados” se pudessem passar mais tempo crescendo e reunindo recursos para reprodução, mas as baixas temperaturas não permitem isso. Entretanto, o aquecimento global permitiria a eles que fizessem isso: gastar mais tempo crescendo e reproduzindo – mas tirar vantagem dessa oportunidade é provável que requeira mudança evolutiva.

   A espécie de mosquito Wyeomyia smithii, apontada aqui em uma planta lançador, evoluiu em resposta ao aquecimento global. Mosquitos usam a duração do dia (não a temperatura) como uma sinalização para dizer que época do ano é e quando hibernar – essa “sinalização” é geneticamente controlada. Em um clima mais quente com invernos mais curtos, nós poderíamos esperar que mosquitos que esperam um pouco mais para hibernar teriam maior aptidão e seriam selecionados. E de fato, pesquisadores que tem coletado dados sobre esses mosquitos por quase 30 anos observaram exatamente esse tipo de mudança. Populações de mosquitos têm evoluído de forma que requerem dias ligeiramente mais curtos como uma deixa para hibernação.2

   
   Esse gráfico ilustra mudanças na temperatura global de 1880 a 2000.³ Entre 1972 e 1996 populações de mosquitos na latitude de 50N evoluíram para esperar 9 dias a mais para hibernar.

3. Construindo resistência
   Resistência a pesticidas, herbicidas e antibióticos são exemplos de microevolução por seleção natural.

   

   A bactéria enterococci, representada aqui, evoluiu resistência a vários tipos de antibióticos.

	Seleção Artificial em laboratório