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Projeto de Pesquisa: Modelos de Abundância de Espécies

A dominância numérica de poucas espécies nas comunidades biológicas é uma das poucas leis gerais da ecologia.

Curvas em "J invertido" são um padrão recorrente em amostras de comunidades

Distribuições de abundâncias de espécies (SADs1) ) em amostras de (A) Mariposas, (B) Aves, (C) Árvores, (D) Microorganismos. Detalhes em Prado (2010).



Muitos modelos foram propostos para descrever este padrão, e esta proliferação de explicações para um mesmo padrão é um reconhecido embaraço para os ecólogos.

Buscamos suprir quatro lacunas que nos parecem contribuir para este fracasso científico:

  • Poucas comparações sistemáticas dos modelos
  • Métodos estatísticos inadequados para ajuste a avaliação dos modelos
  • O efeito da amostragem nem sempre é incluído nos modelos
  • A relação entre os modelos e mecanismos geradores nem sempre bem definida e testada

Objetivos

  1. Desenvolver e testar um protocolo analítico para ajuste e comparação de diferentes modelos;
  2. Avaliar a eficácia destes protocolos para descrever mudanças na diversidade biológica ao longo de gradientes ambientais;
  3. Simular comunidades controladas por diferentes processos e avaliar o ajuste de diferentes modelos.

Ajuste de Modelos com Verossimilhança

Desenvolvemos protocolos de ajuste e comparação simultânea de várias hipóteses concorrentes com o princípio de verossimilhança estatística 2) .

No caso das distribuições de abundâncias, os modelos concorrentes podem ser diferentes distribuições teóricas de probabilidade, ou a mesma distribuição mas com parâmetros diferentes. Com isso é possível, por exemplo, avaliar se um gradiente ambiental afeta o tipo de distribuição de abundância, ou apenas a sua forma.

O Efeito da Amostragem

A amostragem é outra fonte de variação das abundâncias observadas das espécies, que deve ser incluída nos modelos de SADs. Temos hoje uma Teoria da Amostragem que formaliza como isto pode ser feito. Uma breve descrição está aqui.

Eefeito da amostragem sobre as SADs
Mesmo que as abundâncias das espécies sejam iguais na comunidade, elas serão diferentes na amostra.

Simulações

Vários modelos de SADs foram propostos a partir de seus processos ecológicos geradores.

Portanto, é possível simular em computador comunidades geradas por estes processos, e verificar se de fato se aproximam das SADs teóricas.

Também podemos simular amostras dessas comunidades, para avaliar o efeito da amostragem, como na figura acima e neste Tutorial em R.

Apoio

Mais Informações

  • Veja aqui a íntegra da proposta enviada à FAPESP.
  • Além do projeto principal, trabalhos de pós-graduação e iniciação científica da equipe do LET desenvolvem estas idéias. Veja as propostas específicas veja na página de projetos.
  • Uma explicação do protocolo de ajuste e comparação de modelos está aqui.
  • Um explicação da teoria de amostragem de SADs, resumida de Prado (2009), está aqui.
  • Para uma introdução sobre modelos de distribuição de abundância veja May (1975), Tokeshi (1999, cap.7), Magurran (2004, cap.2), McGill et al. (2007), e Prado (2009).

Leituras Básicas

<bibtex>

@BOOK{Magurran2004,

title = {Measuring Biological Diversity},
publisher = {Blackwell},
year = {2004},
author = {Magurran, A.E.}

} @BOOK{magurran2011,

title = {Biological Diversity - Frontiers in measurement and assessment},
publisher = {Oxford University Press},
adress={Oxford},
year = {2011},
author = {Magurran, A.E. and McGill, B. J.}

} @INCOLLECTION{May1975,

author = {May, R. M.},
title = {Patterns of Species Abundance and Diversity},
booktitle = {Ecology and Evolution of Communities},
publisher = {Harvard University Press},
year = {1975},
editor = {Cody, Martin L. and Diamond, Jared M. },
chapter = {4},
pages = {81--120},
address = {Cambridge, MA},

}

@ARTICLE{McGill2007,

author = {McGill, B.J. and Etienne, R.S. and Gray, J.S. and Alonso, D. and
Anderson, M.J. and Benecha, H.K. and Dornelas, M. and Enquist, B.J.
and Green, J.L and He, F. and Hurlbert, A.H. and Magurran, A. E.
and Marquet, P.A. and Maurer, B.A. and Ostling, A. and Soykan, C.U.
and Ugland, K.I. and White, E.},
title = {Species abundance distributions: moving beyond single prediction
theories to integration within an ecological framework},
journal = {Ecology Letters},
year = {2007},
volume = {10},
pages = {995-1015},
number = {10},
month = {oct},
owner = {paulo},
timestamp = {2009.04.23}

}

@ARTICLE{Prado2009,

author = {Prado, P I},
title = {Distribuições de Abundâncias de Espécies: avanços analíticos para entender um padrão básico em ecologia},
journal = {Ciência e Ambiente},
year = {2009},
volume = {39},
pages = {121 -- 136},
file={:prado:prado2009_ca.pdf}

}

@BOOK{,

title = {Species Coexistence - Ecological and Evolutionary Perspectives},
publisher = {Blackwell Science},
year = {1999},
author = {Tokeshi, M},
address = {London},
owner = {paulo},
timestamp = {2009.04.14}

} </bibtex>

1)
Species Abundance Distribution
2)
A fundamentação teórica desta abordagem e um modo de implementá-la com a linguagem R está resumida na página da Disciplina Modelagem Estatística em Ecologia e Recursos Naturais, oferecida pelo LET e CMQ
projetos/sad.txt · Última modificação: 2024/01/09 18:32 por 127.0.0.1
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