Fósseis e o nascimento de Paleontologia: Nicholas Steno (1/2)

Se um dia da história tivesse que ser escolhido como a data de nascimento da paleontologia, poderia ser o dia em 1666 em que dois pescadores pegaram um tubarão da costa de Livorno na Itália. O duque local ordenou que essa curiosidade fosse enviada para Niels Stensen (mais conhecido como Steno), um anatomista dinamarquês trabalhando no momento em Florença. Quando Steno dissecou o tubarão, ele ficou impressionado com o quanto os dentes do tubarão se pareciam com as “línguas de pedra”, pedaços de rocha triangular que são conhecidas desde a antigüidade.

Atualmente, a maioria das pessoas iria instantaneamente se questionar se as línguas de pedra eram dentes gigantes de tubarão petrificados, mas em 1666 tal presunção era um tremendo salto. Poucos poderiam imaginar como matéria viva pode ser transformada em pedra e, além disso, se encaixar em rochas sólidas – especialmente se a rocha estava bem acima do nível do mar e continha restos de um organismo marinho. Em vez disso, pensava-se que os fósseis tivessem caído do céu ou eram “caprichos da natureza”, formas geométricas peculiares impressas nas rochas em si. .

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