Evolução e Desenvolvimento primitivos: Ernst Haeckel (2/2)

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A Lei Biogenética foi Quebrada
Na virada do século, os cientistas tinham descoberto muitas evidências que desafiavam a chamada “lei” de Haeckel. Seus seguidores tentaram provar que elas eram exceções que comprovavam a regra. Mas a queda final de Haeckel veio com o surgimento da genética e da Síntese Moderna. Haeckel, afinal, estava promovendo uma noção básica Lamarckista de que a evolução tinha um gradiente interno em direção a formas “superiores”. Mas logo foi descoberto que os genes controlam a velocidade e direcionam o desenvolvimento do embrião. Os genes de um indivíduo podem sofrer mutações e causar diferentes mudanças na forma como o embrião cresce — adicionando, ou tirando, novos estágios a qualquer ponto do seu desenvolvimento, acelerando o desenvolvimento ou retardando-o.

Árvore de Haeckel filogenia moderna
Haeckel imaginou os seres humanos (“Menschen” em alemão) como a “maior” forma de vida, colocando-os no topo de sua árvore da vida (à esquerda), à direita, como as mesmas relações antropóides podem ser representadas hoje.

Os embriões influenciam no curso da evolução, mas de uma forma muito mais complexa e sutil do que Haeckel alegava. Diferentes partes de um mesmo embrião podem evoluir em diferentes funções. Como resultado, a Lei Biogenética foi abandonada e isso possibilitou que os cientistas apreciassem toda a gama das mudanças embrionárias que a evolução pode produzir— uma apreciação que tem gerado resultados espetaculares nos últimos anos visto que cientistas descobriram alguns dos genes específicos para o controle do desenvolvimento.


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Tradução em espanhol do site Entendendo a Evolução para Professores da Sociedade Espanhola de Evolução Biológica.