Hipóteses Rivais
Sobre o Ritmo da Evolução

Em muitos casos, nós vemos “explosões” de evolução nos registros fosseis. Por exemplo, imagine que numa camada de rocha mais profunda temos o ancestral 1. Na próxima camada de rocha vemos as espécies 2 e 3. A espécie 2 tem as mesmas características do ancestral 1 e a espécie 3 é morfologicamente distinta, mas é claramente descendente do ancestral 1. O que aconteceu?

Os fósseis existentes são apenas “pedaços de tempo” da história real. Muitas hipóteses diferentes sobre o que aconteceu são consistentes com as camadas de registros fósseis. Para que possamos determinar qual das seguintes hipóteses explica o ritmo da evolução precisamos de mais evidências.

• O gradualismo filético – lenta e gradual divergência das linhagens: A “explosão” da evolução é uma ilusão geológica. Parece uma explosão pelo fato de ter passado muito tempo - digamos, 5 milhões de anos - entre o tempo de formação da primeira e da segunda camada de rocha, a espécie 3 se divergiu gradualmente do ancestral 1 por uma série de formas de transição, mas essas formas de transição não foram preservadas.

  

• Equilíbrio pontuado – uma grande mudança em um curto período de tempo unido a um evento de especiação: As espécies 2 e 3 são apenas 100.000 anos mais jovens que o ancestral 1 e toda a mudança evolutiva que os conecta aconteceu em um curto tempo. A “explosão” da evolução é realmente uma explosão. As formas de transição entre o ancestral 1 e a espécie 3 realmente existiu, mas por um período de tempo tão curto que elas não foram preservadas nos registros fósseis.

  

• Macromutação – uma grande mutação produz uma mudança súbita na evolução escapando da forma de transição: A “explosão” da evolução é realmente uma explosão – existiram muitas mudanças evolutivas em pouco tempo. A espécie 3 se formou por uma mudança radical e de muitas formas nos descendentes do ancestral 1. Mutantes tão extremos, algumas vezes, são chamados de “monstros da esperança”. Essa hipótese é consistente com os fósseis, entretanto, baseados em observações, não temos uma evidência clara de que essas formas extremas de mutação, ainda que adaptadas, normalmente ocorram. Todavia, é possível que mutações que afetam o desenvolvimento tenham efeito no fenótipo de longo alcance e tenham um papel importante na evolução da vida.

  

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