Fósseis e o nascimento de Paleontologia: Nicholas Steno (2/2)

página anterior

Essas camadas de rocha exposta ilustram muito bem a Lei de Steno, com as camadas mais jovens no topo e as mais antigas embaixo.

Lei de Superposição de Steno
Mas como fósseis foram parar na parte mais profunda das rochas? Steno estudou os penhascos e colinas da Itália para encontrar a resposta. Ele propôs que todas as rochas e minerais eram originalmente líquidos. Flutuando na superfície do planeta há muito tempo atrás, eles gradualmente foram se assentando fora do oceano e foram criando camadas horizontais, com novas camadas se formando em cima das antigas. A rocha derretida, por vezes, atravessava as camadas, atingindo o topo e se espalhando em uma nova camada própria. Conforme as rochas se formavam, elas podiam prender restos de animais, convertendo-os em fósseis e preservando-os no fundo de suas camadas. Essas camadas horizontais representam uma sequência de tempo com as camadas mais antigas embaixo e as mais novas no topo, a menos que processos posteriores tenham modificado esse arranjo. Essa ordenação é atualmente conhecida como Lei da Superposição de Steno, sua contribuição mais famosa para a geologia.

Steno não foi o único naturalista de sua época a propor que fósseis pertenciam a criaturas vivas. Leonardo da Vinci e Robert Hooke, por exemplo, adotaram a mesma visão. Mas Steno levou esta idéia muito mais longe. Ele argumentou pela primeira vez que fósseis eram fotos da vida em momentos diferentes na história da Terra e que as camadas de rochas se formaram lentamente ao longo do tempo. Foram esses dois fatos que serviram como os pilares da paleontologia e da geologia nos séculos futuros. E os fósseis acabaram se tornando algumas das evidências chaves de como a vida evoluiu na Terra nos últimos quatro bilhões de anos.