Será que a destruição de habitats afeta da mesma maneira espécies com habilidades competitiva e de colonização diferentes? Para explorar esta pergunta, vamos eliminar partes das manchas em nossa simulação de coexistência em metapopulações.
Vamos partir do modelo de coexistência de duas espécies em metapopulações, para incluir a destruição de habitats como remoção de parte das manchas habitáveis. Assim, incluimos no sistema um competidor ainda mais forte. Ao transformar a paisagem para seu uso, o ser humano ocupa manchas e expulsa as outras espécies, nunca se extingue da mancha ocupada, e nem pode ser expulso pelas outras espécies. Um verdadeiro demônio darwiniano!1).
Nossa função em R para simular competição em metapopulações já tem um argumento para especificar a fração de manchas removidas. Seu valor padrão (default) é zero. Como não especificamos outro valor nas simulações anteriores, este foi o valor usado, e nenhuma mancha foi removida.
A função:
meta.comp<-function(tf,l,c,fi1,fi2,i1,i2,pe,plot.eq=FALSE,D=0){ F1 <- 1-(pe/i1) F2 <- pe/i1-i1/i2 if(F1<=0) F2 <- 1-(pe/i2) Nt <- l*c N <- floor(Nt*(1-D)) resultado=matrix(nrow=tf,ncol=3) n1 <- floor(fi1*N) n2 <- floor(fi2*N) antes <- sample(rep(c(2,1,0),c(n2,n1,N-(n1+n2)))) resultado[,1] <- 1:tf resultado[1,2:3] <- c(sum(antes==1),sum(antes==2))/N for(t in 2:tf){ depois <- rep(0,N) pi1=i1*sum(antes==1)/Nt pi2=i2*sum(antes==2)/Nt depois[antes==1]<-sample(c(0,1),sum(antes==1),replace=T,prob=c(pe,1-pe)) depois[antes==2]<-sample(c(0,2),sum(antes==2),replace=T,prob=c(pe,1-pe)) depois[antes==0] <- sample(c(0,2),sum(antes==0),replace=T,prob=c(1-pi2,pi2)) d1<-sample(c(0,1),sum(antes!=1),replace=T,prob=c(1-pi1,pi1)) depois[antes!=1][d1==1] <- 1 resultado[t,2:3]=c(sum(depois==1),sum(depois==2))/Nt antes <- depois } plot(1:tf,resultado[,2],type="l",xlab="Tempo",ylab="Fração de manchas ocupadas", ylim=c(0,1),main=paste("Competição com Colonização Interna","\n c=",c," l=",l," fi1=",fi1," fi2=", fi2,"\n i1=",i1," i2=",i2," pe=",pe," D=",D),font.lab=2,lwd=2, col="red") lines(1:tf,resultado[,3],col="blue", lwd=2) if(plot.eq==T){ abline(h=F1,col="red",lwd=1.5,lty=2) abline(h=F2,col="blue",lwd=1.5,lty=2) } if(D>0)abline(h=1-D,lty=2) legend("topright", c("Melhor competidora", "Pior competidora"),col=c("red","blue"),lty=1) invisible(resultado) }
Vamos começar com uma simulação sem destruição de hábitat, em que temos coexistência das duas espécies. A espécie competitivamente inferior tem três vezes mais capacidade de colonização.
meta.comp(tf=100,c=100,l=100,fi1=0.1,fi2=0.1,i1=0.3,i2=0.9,pe=0.15,D=0)
O argumento D
define a fração de manchas removidas. Experimente destruir 5% das manchas 2):
meta.comp(tf=100,c=100,l=100,fi1=0.1,fi2=0.1,i1=0.3,i2=0.9,pe=0.15,D=0.05)
O gráfico tem agora uma linha horizontal pontilhada, que indica a fração de manchas efetivamente disponível para as duas espécies. Investigue o efeito do aumento de destruição de habitat sobre a coexistência e fração de manchas ocupadas pelas espécies.
Agora experimente ser um destruidor mais voraz acabando com 30% e 50% das manchas e responda às questões.
<box red 80% |Exercício>
</box> /*
*/