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Woolhouse, M. E. J.; D. T. Haydon; R. Antia (2005) Emerging pathogens: the epidemiology and evolution of species jumps. Trends in Ecology and Evolution 20(5): 238–244. | Woolhouse, M. E. J.; D. T. Haydon; R. Antia (2005) Emerging pathogens: the epidemiology and evolution of species jumps. Trends in Ecology and Evolution 20(5): 238–244. | ||
- | ==== A importância da integração de processos históricos e regionais na compreensão da montagem de comunidades locais | ||
- | ==Rosana Campos Paschoalino== | ||
- | Existem diversos processos ecológicos, | ||
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- | É de grande conhecimento que processos ecológicos são resultados de processos históricos e regionais, mas pouco se discute e investiga que processos históricos e regionais também podem ser resultantes de processos ecológicos locais (Wiens e Donoghue 2004). Por isso a integração e investigação do passado e presente de comunidades locais devem ser feitas, inclusive em estudos empíricos de ecologia de comunidades, | ||
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- | Focando agora nos processos regionais, sabemos também da forte influência dos mesmos na estruturação de comunidades locais. Cornell em 1985, estudou espécies de carvalhos e vespas-da-galha e encontrou que o tamanho do alcance regional dos carvalhos prediz a riqueza regional total e a riqueza local dos carvalhos e das vespas que ocupam cada espécie de árvore. Uma conclusão particular do trabalho é a importância do estudo ser conduzido em escalas espaciais e temporais bem definidas, de acordo com o(s) grupo(s) taxonômico(s) envolvido(s), | ||
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- | {{ |Figura 1- Resultado do modelo de equação estrutural multiescala dos correlatos da riqueza de espécies. A largura das setas indica as forças relativas das vias. Um ‘+’ indica um efeito positivo e um ‘+⁄-‘) indica um efeito unimodal. A figura é adaptada de Harrison et al. 2006 e a legenda é reproduzida de Harrison e Cornell 2008.)}} | ||
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- | Segundo a Teoria dos Refúgios, a Amazônia sofreu diversas flutuações em seu clima e vegetação ao longo do tempo, explicando parte da alta biodiversidade endemismo, onde espécies se dispersaram por diversos pontos do bioma e depois ficaram restritas a parte deles e diferentes formações vegetacionais surgiram e desapareceram nesse extenso processo (Haffer 1969; Ab’ Saber 1992). As regiões de savanas estão espalhadas em diversas manchas imersas na matriz de floresta ombrófila do bioma amazônico (Almeida-Júnior 1986). Em Carajás, no sudeste do estado do Pará, elas são encontradas nos topos das montanhas das serras que compreendem a Floresta Nacional de Carajás (Flonaca). O soerguimento das rochas que formam as serras é datado do período Pré-Cambriano e seu assentamento se deu no final do Mesozoico, início do período Terciário, concluindo que são formações rochosas bem antigas (Ab’Saber 1986). Dentro das áreas dessas savanas, encontramos basicamente três tipos de fitofisionomias bem distintos: capões de mata (pequenas ilhas de vegetação estruturalmente mais desenvolvidas), | ||
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- | Pensando na integração de diferentes processos, seria muito interessante investigar possíveis processos históricos e regionais envolvidos (tanto da área de estudo quanto das espécies) e analisar a influência do pool regional sobre a estruturação das comunidades locais. Anfíbios possuem um longo histórico evolutivo na Terra (350 Ma) (Instituto Rã-Bugio 2022), com tempo suficiente para grandes eventos de dispersão e estabilização em vários ambientes. Não seria diferente com a dispersão e estabilização das espécies nessas áreas de savana imersas na floresta amazônica, mas ao mesmo tempo, isso pode ser um impedimento para muitas delas se dispersarem. Outra questão interessante a se levantar é: e como as espécies típicas de outras áreas abertas (e.g. Cerrado) conseguiram chegar nessas ilhas de savanas amazônicas? | ||
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- | A partir do compilado dos atributos funcionais das espécies, a análise da formação de diferentes grupos funcionais pode indicar se essas comunidades se estruturam a partir de relações bióticas (competição) ou por influência do ambiente, do histórico da área ou pelo pool regional, pensando em um modelo semelhante ao de Harrison e colaboradores (2006). Além disso, incluir a filogenia das espécies e dados das características ambientais de cada fitofisionomia, | ||
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- | ==Referências bibliográficas== | ||
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- | Ab’Saber, A. (1986) Geomorfologia da região. Em: Carajás: Desafio político, ecologia e desenvolvimento, | ||
- | Ab’Sáber, | ||
- | Almeida-Júnior, | ||
- | Cavender-Bares, | ||
- | Haffer, J. (1969) Speciation in Amazonian Forest Birds. Science, New Series, v. 165, n. 3889. | ||
- | Harrison, S; Safford, H.D; Grace, J.B; Viers, J.H; Davies, K.F. (2006). Regional and local species richness in an insular environment: | ||
- | Harrison, S; Cornell, H. (2008) Toward a better understanding of the regional causes of local community richness. Ecology Letters, doi: 10.1111/ | ||
- | Instituto Rã-bugio. Anfíbios. < | ||
- | Johnson, J.B; Omland, K.S. (2004) Model selection in ecology and evolution. Trends in Ecology and Evolution, doi.org/ | ||
- | MacArthur, R.H. (1969) Patterns of communities in the tropics. Biological Journal of the Linnean Society, Volume 1, Issue 1-2, Pages 19–30, https:// | ||
- | Ricklefs, R.E. (1976) História, Biogeografia e Diversidade em: A economia da Natureza. 1 ed. | ||
- | Ricklefs, R.E. (1987) Community Diversity: Relative Roles of Local and Regional Processes. Science 235: 167-171. | ||
- | Silva, M.F; Secco, R.S; Lobo, M. (1996) Aspectos ecológicos da vegetação Rupestre da Serra dos Carajás (PA). Acta Amazônica 26 (1/2): 17-46. | ||
- | Vellend, M. (2010) Conceptual synthesis in community ecology. The Quaterly Review of Biology 85: 183-206. | ||
- | Webb, C.O; Ackerly, D; McPeek, M.A; Donoghue, M.J. (2002) Phylogenies and Community Ecology. Annual Review of Ecology and Systematics, | ||
- | Wiens, J; Donoghue, M.J. (2004) Historical biogeography, | ||