Aqui você vê as diferenças entre duas revisões dessa página.
Ambos lados da revisão anteriorRevisão anteriorPróxima revisão | Revisão anterior | ||
ensaios:2021:start [2021/03/20 13:17] – [A Equivalência Ecológica como Ponte entre a Seleção e a Deriva] (correção de pequenos erros de português) estudante2021 | ensaios:2021:start [2022/03/11 16:28] (atual) – estudante2022 | ||
---|---|---|---|
Linha 1: | Linha 1: | ||
====== Ensaios 2021 ====== | ====== Ensaios 2021 ====== | ||
+ | |||
+ | ====Tradeoffs na busca pela morte: uma explicação para a coexistência de espécies de urubus==== | ||
+ | ==Caetano Mourão== | ||
+ | |||
+ | Um dos principais objetivos da ecologia de comunidades é explicar como diferentes espécies podem coexistir em um mesmo tempo e espaço, principalmente espécies com atributos e demandas muito semelhantes. De acordo com o Princípio da Exclusão Competitiva (ou Princípio de Gause) duas espécies que demandam os mesmos recursos e condições (isto é, possuem nichos ecológicos suficientemente semelhantes) não poderiam coexistir indefinidamente em uma mesma área. O princípio pode ser justificado da seguinte maneira: para duas populações não intercruzantes que utilizam os mesmos recursos limitantes e que existem em simpatria, existirá uma desigualdade (mesmo que pequena) na taxa de crescimento populacional entre elas. Dentre as populações, | ||
+ | |||
+ | Modelos teóricos de competição podem nos auxiliar a compreender como a coexistência é possível em comunidades biológicas. O modelo de competição de Tilman prevê que se múltiplas espécies competem por um único recurso limitante, aquela capaz de manter uma população estável com a menor disponibilidade de recursos (isto é, apresentar o menor valor de R*) excluirá competitivamente todas as outras. Entretanto, se na presença de dois recursos limitantes duas espécies diferentes apresentarem o menor R* para cada um dos recursos, observaremos um equilíbrio estável nas duas populações, | ||
+ | |||
+ | O que impede, então, que uma espécie tenha o menor R* para todos os recursos limitantes possíveis? Por que é impossível um espécie alocar com máxima eficiência todos os recursos do meio? Tal espécie se aproximaria do que Law chamou de “Demônio Darwiniano”: | ||
+ | |||
+ | // | ||
+ | |||
+ | Urubus e abutres são exemplos dessas guildas. Os urubus são em sua maioria carniceiros obrigatórios, | ||
+ | |||
+ | É possível que haja um // | ||
+ | |||
+ | Por fim, tal possível // | ||
+ | |||
+ | == Referências bibliográficas == | ||
+ | |||
+ | (1) HARDIN, Garrett. The competitive exclusion principle. science, v. 131, n. 3409, p. 1292-1297, 1960. | ||
+ | |||
+ | (2) HARPER, John L. et al. Population biology of plants. Population biology of plants., 1977. | ||
+ | |||
+ | (3) TILMAN, David. Resource competition and community structure. Princeton university press, 1982. | ||
+ | |||
+ | (4) TILMAN, David. Tests of resource competition theory using four species of Lake Michigan algae. Ecology, v. 62, n. 3, p. 802-815, 1981. | ||
+ | |||
+ | (5) LAW, Richard. Optimal life histories under age-specific predation. The American Naturalist, v. 114, n. 3, p. 399-417, 1979. | ||
+ | |||
+ | (6) TILMAN, David. Constraints and tradeoffs: toward a predictive theory of competition and succession. Oikos, p. 3-15, 1990. | ||
+ | |||
+ | (7) VINCENT, T. L. S. et al. Trade-offs and coexistence in consumer-resource models: it all depends on what and where you eat. The American Naturalist, v. 148, n. 6, p. 1038-1058, 1996. | ||
+ | |||
+ | (8) GRUBB, Peter J. The maintenance of species‐richness in plant communities: | ||
+ | |||
+ | (9) CONNELL, Joseph H. Diversity in tropical rain forests and coral reefs. Science, v. 199, n. 4335, p. 1302-1310, 1978. | ||
+ | |||
+ | (10) HUSTON, Michael. A general hypothesis of species diversity. The American Naturalist, v. 113, n. 1, p. 81-101, 1979. | ||
+ | |||
+ | (11) CODY, Martin L. Structural niches in plant communities. Community ecology, v. 381, p. 405, 1986. | ||
+ | |||
+ | (12) CHESSON, Peter L. Environmental variation and the coexistence of species. Community ecology, v. 240, p. 54, 1986. | ||
+ | |||
+ | (13) RUXTON, Graeme D.; HOUSTON, David C. Obligate vertebrate scavengers must be large soaring fliers. Journal of theoretical biology, v. 228, n. 3, p. 431-436, 2004. | ||
+ | |||
+ | (14) HOUSTON, DAVID C. Competition for food between Neotropical vultures in forest. Ibis, v. 130, n. 4, p. 402-417, 1988. | ||
+ | |||
+ | (15) HOUSTON, David C. Scavenging efficiency of turkey vultures in tropical forest. The Condor, v. 88, n. 3, p. 318-323, 1986. | ||
+ | |||
+ | (16) MORENO-OPO, Rubén; TRUJILLANO, Ana; MARGALIDA, Antoni. Behavioral coexistence and feeding efficiency drive niche partitioning in European avian scavengers. Behavioral Ecology, v. 27, n. 4, p. 1041-1052, 2016. | ||
+ | |||
+ | (17) BANG, Betsy Garrett. Anatomical evidence for olfactory function in some species of birds. Nature, v. 188, n. 4750, p. 547-549, 1960. | ||
+ | |||
+ | (18) BANG, Betsy Garrett. The nasal organs of the Black and Turkey Vultures; a comparative study of the cathartid species Coragyps atratus atratus and Cathartes aura septentrionalis (with notes on Cathartes aura falklandica, | ||
==== Dispersão e diversidade: | ==== Dispersão e diversidade: | ||
Linha 865: | Linha 920: | ||
Woolhouse, M. E. J.; D. T. Haydon; R. Antia (2005) Emerging pathogens: the epidemiology and evolution of species jumps. Trends in Ecology and Evolution 20(5): 238–244. | Woolhouse, M. E. J.; D. T. Haydon; R. Antia (2005) Emerging pathogens: the epidemiology and evolution of species jumps. Trends in Ecology and Evolution 20(5): 238–244. | ||
+ | |||