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estrutura da paisagem e o risco de Hantavirose 

Estrutura da paisagem e o risco de transmissão da Hantavirose no Estado de São Paulo. 

A síndrome pulmonar por hantavirose (HPS) leva cerca de 50% das pessoas infectadas a óbito, sendo um problema de saúde emergente no Brasil, e uma ameaça à saúde pública na América do Sul. Seu reservatório principal são espécies de roedores silvestres que são generalistas de habitat, e sua transmissão para os humanos ocorre através da inalação do vírus na sua forma aerolisada na urina, saliva e fezes de roedores, ou através do contato direto. Atualmente, a maioria dos estudos suporta a hipótese de que o aumento da perturbação do habitat e o desmatamento aumentam a prevalência das espécies reservatório provavelmente em consequência da simplificação das comunidades e da diminuição da diversidade de pequenos mamíferos. Até hoje, poucos estudos exploraram as correlações ambientais da transmissão da hantavirose, como por exemplo se as alterações da paisagem alteram a composição da comunidade de mamíferos e aumentam as chances de contato dos seres humanos com os hospedeiros reservatórios. Devido à ausência de vacina ou de terapia antiviral específica, a única forma de evitar infecções humanas e reduzir a mortalidade por infecção de hantavirose é tomar medidas preventivas. Para tanto é necessário conhecer melhor os impactos das mudanças ambientais antropogênicas e da perda de biodiversidade sobre as espécies hospedeiras e, consequentemente sobre a prevalência da hantavirose.

O objetivo geral deste sub-projeto é avaliar quais fatores ecológicos influenciam a incidência da doença no Estado de São Paulo, e identificar as áreas de maior risco de transmissão. Para isso, iremos relacionar o número de casos da doença, com potenciais parâmetros explicativos, como a distribuição e abundância das espécies reservatório, aspectos de estrutura da paisagem e outros aspectos ambientais relevantes.

Esperamos encontrar uma forte relação da estrutura da paisagem com o número de casos de HPS, principalmente da fragmentação e da quantidade de cobertura florestal. Assim, esperamos que municípios que tenham uma menor quantidade de cobertura florestal e um maior índice de fragmentação, tenham também um maior número de casos de HPS reportados. Esperamos também que cenários de restauração florestal que aumentem a quantidade de floresta e diminuam a fragmentação dos municípios, tenham um efeito negativo no risco de transmissão de HPS. Os resultados desse trabalho devem contribuir para uma maior compreensão dos efeitos da perda e fragmentação de habitat na transmissão de hantavirose e para um menor custo e maior eficácia dos sistemas de vigilância para espécies reservatório.

​* As fotos contém um link para uma descrição mais detalhada de cada subprojeto.
Equipe
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Amanda Prado
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Renata Muylaert
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Paula Prist
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Jean Paul Metzger
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Paulo D’Andrea
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Renata Pardini
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