proporção
das quantidades destas espécies na comunidade. Cerca de 1,75
milhões de espécies já foram identificadas,
sendo que mais da metade delas são constituídas por
insetos. Há ainda muitos organismos ainda não conhecidos
ou espécies não descritas cientificamente, especialmente
aquelas pequenas e de difícil visualização,
como bactérias, fungos e vírus. Acredita-se que existam
cerca de 13 milhões de espécies, porém as estimativas
variam entre 10 e 50 milhões.
A biodiversidade
pode ser avaliada também no nível genético
,
que se refere às diferenças entre as espécies
em termos de variabilidade de genes,
que determinam a individualidade de cada espécie. As diferentes
cores das penas, o tamanho maior ou menor dos indivíduos
ou a resistência a doenças são exemplos da expressão
da diversidade genética.
A diversidade genética determina o grau de variação
dentro das populações, que pode ser alta, como nas
populações de rinocerontes indianos (Rhinoceros
unicornis), ou baixa, como nas populações de
guepardos africanos (Acinonyx jubatus). Populações
com diversidade genética baixa estão mais sujeitas
à extinção.
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Rhinoceros
unicornis,
o rinoceronte indiano, de alta diversidade genética
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A Biodiversidade pode ainda ser avaliada como diversidade de ecossistemas,
que se relaciona à variedade de habitats,
comunidades e processos em um ecossistema, bem como aos diferentes
ecossistemas de uma paisagem: desertos, florestas, manguezais, montanhas,
lagos, rios ou áreas de uso agrícola. Em cada ecossistema,
existem fortes relações entre as diferentes espécies
e entre estas e o meio físico. A variedade dessas relações,
funções e processos nos ecossistemas também
definem um outro aspecto da biodiversidade.
Como as atividades humanas representam sempre impactos positivos
ou negativos sobre o meio ambiente e os seres vivos, a diversidade
cultural também precisa ser considerada, pois as diversas
culturas humanas interagem de forma diferente com o ambiente. O
nomadismo,
a agricultura
de subsistência, a caça-coleta
e a monocultura
intensiva têm impactos diferentes sobre a biodiversidade.
Crenças religiosas e estruturas sociais também têm
influência importante em como os recursos naturais são
utilizados.
Para avaliar o grau de biodiversidade de um ecossistema deve-se
considerar sua riqueza (número de espécies presentes)
e a abundância relativa de cada espécie. Para duas
áreas que apresentam o mesmo número de espécies,
a biodiversidade será maior na área onde a quantidade
de indivíduos de cada espécie for mais balanceada
em relação ao total, ou seja, onde não houver
grande dominância de uma espécie sobre as outras. Por
exemplo, uma ilha que onde há 20 indivíduos de uma
espécie de arara e 20 indivíduos de uma espécie
de papagaio possui uma diversidade maior do que outra ilha onde
há 10 indivíduos da espécie de arara e 30 indivíduos
da espécie de papagaio.