ECOLOGIA VEGETAL 2012
Módulo I
Tópicos
Material de Apoio
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Linha 6: | Linha 6: | ||
{{: | {{: | ||
- | Um processo estocástico | + | Um processo estocástico |
Para entender duas propriedades importantes destes processos, vamos simular dois casos simples. | Para entender duas propriedades importantes destes processos, vamos simular dois casos simples. | ||
Linha 57: | Linha 57: | ||
O que acontece se deixamos os bêbados um pouco menos cambaleantes? | O que acontece se deixamos os bêbados um pouco menos cambaleantes? | ||
+ | |||
< | < | ||
+ | set.seed(42) # semente de números aleatórios | ||
bebado(n=10, | bebado(n=10, | ||
- | <\code> | + | </code> |
Estes bêbados que balançam menos estão menos sujeitos a terminar no abismo? Certifique-se disto aumentando o número de intervalos de tempo: | Estes bêbados que balançam menos estão menos sujeitos a terminar no abismo? Certifique-se disto aumentando o número de intervalos de tempo: | ||
< | < | ||
+ | set.seed(42) | ||
bebado(n=10, | bebado(n=10, | ||
</ | </ | ||
Linha 68: | Linha 71: | ||
== Pergunta == | == Pergunta == | ||
- | Uma caminhada aleatória com fronteira de absorção tem um único desfecho, dado tempo suficiente. Qual é? | + | Esta caminhada aleatória com fronteira de absorção tem um único desfecho, dado tempo suficiente. Qual é? |
==== Um Joguinho Besta ==== | ==== Um Joguinho Besta ==== | ||
{{: | {{: | ||
- | Agora vamos imaginar um jogo de apostas entre dois jogadores, sem empates. A cada rodada o perdedor da aposta paga uma quantia fixa ao ganhador. Esta [[http:// | + | Agora vamos imaginar um jogo de apostas entre dois jogadores, sem empates. A cada rodada o perdedor da aposta paga uma quantia fixa ao ganhador. Os dois jogadores tem a mesma probabilidade de ganhar a cada rodada. Esta [[http:// |
Em nossa simulação, | Em nossa simulação, | ||
Linha 154: | Linha 157: | ||
* '' | * '' | ||
* '' | * '' | ||
- | * '' | + | * '' |
* '' | * '' | ||
* '' | * '' | ||
Linha 177: | Linha 180: | ||
==== Incluindo Migrações ==== | ==== Incluindo Migrações ==== | ||
+ | {{: | ||
Sabemos que as comunidades não são sistemas fechados. Então a chegada de migrantes pode compensar a perda de espécies que vimos na simulação anterior. Vamos supor, então, que há um reservatório externo de migrantes, que chamamos **metacomunidade**. Uma maneira bem simples de se fazer isto é supor uma metacomunidade infinita, com todas as espécies do início da simulação, | Sabemos que as comunidades não são sistemas fechados. Então a chegada de migrantes pode compensar a perda de espécies que vimos na simulação anterior. Vamos supor, então, que há um reservatório externo de migrantes, que chamamos **metacomunidade**. Uma maneira bem simples de se fazer isto é supor uma metacomunidade infinita, com todas as espécies do início da simulação, | ||
Linha 240: | Linha 244: | ||
==== Uma Metacomunidade mais Realista ==== | ==== Uma Metacomunidade mais Realista ==== | ||
- | Um reservatório | + | [[http:// |
+ | |||
+ | Um reservatório | ||
Mas se a metacomunidade também segue a dinâmica estocástica de soma zero, também perderá espécies com o tempo. Como resolver? Começamos por admitir que a metacomunidade é muito maior que a comunidade, pois representa o //pool// regional de colonizadores. Ou seja, é um sistema bem maior, pois tem mais espécies e indivíduos. Vamos supor, muito modestamente, | Mas se a metacomunidade também segue a dinâmica estocástica de soma zero, também perderá espécies com o tempo. Como resolver? Começamos por admitir que a metacomunidade é muito maior que a comunidade, pois representa o //pool// regional de colonizadores. Ou seja, é um sistema bem maior, pois tem mais espécies e indivíduos. Vamos supor, muito modestamente, | ||
Linha 255: | Linha 261: | ||
Já vemos que para tamanhos razoáveis (ou mesmo pequenos) de metacomunidades a erosão de espécies é bem lenta. Portanto, uma entrada de espécies também a uma taxa muito lenta já seria suficiente para compensar as extinções. Se for tão lenta quanto o tempo necessário para a evolução de uma nova espécie no sistema já temos a solução: na metacomunidade, | Já vemos que para tamanhos razoáveis (ou mesmo pequenos) de metacomunidades a erosão de espécies é bem lenta. Portanto, uma entrada de espécies também a uma taxa muito lenta já seria suficiente para compensar as extinções. Se for tão lenta quanto o tempo necessário para a evolução de uma nova espécie no sistema já temos a solução: na metacomunidade, | ||
- | Assim, definimos uma taxa de especiação, | + | Assim, definimos uma taxa de especiação, |
Aqui vai a função para simular estes dois sistemas acoplados, que é o cenário imaginado por Hubbell: | Aqui vai a função para simular estes dois sistemas acoplados, que é o cenário imaginado por Hubbell: | ||
Linha 342: | Linha 348: | ||
* '' | * '' | ||
- | Avalie | + | Usando os tamanhos de comunidades e metacomunidades que já definimos, avalie |
< | < | ||
Linha 356: | Linha 362: | ||
==Perguntas== | ==Perguntas== | ||
- | * Em escala de tempo ecológico a metacomunidade | + | * Em escala de tempo ecológico a metacomunidade |
* Qual o efeito de uma maior taxa de especiação na metacomunidade sobre a dinâmica da metacomunidade? | * Qual o efeito de uma maior taxa de especiação na metacomunidade sobre a dinâmica da metacomunidade? | ||
* O que acontece se a metacomunidade é muito pequena? | * O que acontece se a metacomunidade é muito pequena? | ||
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+ | ===== Arquivos ===== | ||
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+ | Ao invés de copiar e colar o código de cada função, você pode carregar todas elas de uma vez no R. Para isso, copie o arquivo de funções abaixo para seu diretório, e em seguida digite o comando | ||
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+ | source(" | ||
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+ | * Códigos das funções: {{: | ||
+ | * Todos os comandos deste exercício: {{: |