ECOLOGIA VEGETAL 2012
Módulo I
Tópicos
Material de Apoio
*/
Aqui você vê as diferenças entre duas revisões dessa página.
Ambos lados da revisão anteriorRevisão anteriorPróxima revisão | Revisão anterior | ||
mod1:mat_apoio:comunid [2010/08/31 15:20] – Page moved from mod1:restr:comunid to mod1:mat_apoio:comunid adalardo | mod1:mat_apoio:comunid [2024/01/11 15:21] (atual) – edição externa 127.0.0.1 | ||
---|---|---|---|
Linha 1: | Linha 1: | ||
- | ====== | + | ====== Comunidade de Plantas |
- | Nesse exercício iremos montar uma comunidade hipotética ao longo de um gradiente ambiental para depois utilizar as ferramentas de classificação e ordenação de comunidades e ver como elas se comportam. A ideia é contrastarmos duas visões da ecologia de comunidades concorrentes: | + | |
- | + | ||
- | ===== Comunidade de Plantas Virtual | + | |
Primeiro vamos construir uma comunidade de plantas virtual. Para isso vamos nos basear na distribuição de indivíduos em um gradiente ambiental. Partindo da premissa que as espécies tem uma distribuição normal de abundâncias ao longo do gradiente, podemos simular algo parecido com dados empíricos. | Primeiro vamos construir uma comunidade de plantas virtual. Para isso vamos nos basear na distribuição de indivíduos em um gradiente ambiental. Partindo da premissa que as espécies tem uma distribuição normal de abundâncias ao longo do gradiente, podemos simular algo parecido com dados empíricos. | ||
- | {{:mod1:restr: | + | {{:mod1:mat_apoio: |
A distribuição normal, ou Gausiana, tem dois parâmetros, | A distribuição normal, ou Gausiana, tem dois parâmetros, | ||
A função //curve()// desenha gráficos a partir de uma função matemática. No nosso caso a função é // | A função //curve()// desenha gráficos a partir de uma função matemática. No nosso caso a função é // | ||
Linha 25: | Linha 22: | ||
Vamos agora criar nosso gradientes e a distribuição das espécies nele. Para começar, nossa comunidade terá 10 espécies distribuídas aleatoriamente em um gradiente 1 a 20. Logo, o ótimo ((onde a espécie apresenta a maior proporção de seus indivíduos no gradiente)) para cada uma das espécies poderá ser qualquer valor entre 1,5 e 19,5 (vamos eliminar o extremo do gradiente para facilitar apenas). Esse valor nada mais é do que a média da sua distribuição de abundância. | Vamos agora criar nosso gradientes e a distribuição das espécies nele. Para começar, nossa comunidade terá 10 espécies distribuídas aleatoriamente em um gradiente 1 a 20. Logo, o ótimo ((onde a espécie apresenta a maior proporção de seus indivíduos no gradiente)) para cada uma das espécies poderá ser qualquer valor entre 1,5 e 19,5 (vamos eliminar o extremo do gradiente para facilitar apenas). Esse valor nada mais é do que a média da sua distribuição de abundância. | ||
Para evitar sobreposição integral de nicho e criar um limite onde a coexistência de espécies não é possível, vamos sortear as médias de uma sequência de valores discretos ao longo do gradiente, sem reposição. No nosso exemplo adotamos um sequência de valores espaçados em 0,25. | Para evitar sobreposição integral de nicho e criar um limite onde a coexistência de espécies não é possível, vamos sortear as médias de uma sequência de valores discretos ao longo do gradiente, sem reposição. No nosso exemplo adotamos um sequência de valores espaçados em 0,25. | ||
- | Já usamos as funções para sortear valores de um vetor usando //sample// e para produzir | + | Já usamos as funções para sortear valores de um vetor usando //sample// e para produzir |
s1=seq(from=1.5, | s1=seq(from=1.5, | ||
Linha 32: | Linha 29: | ||
medias | medias | ||
| | ||
- | Legal! | + | Legal! |
| | ||
desvios < | desvios < | ||
desvios | desvios | ||
| | ||
- | Agora temos médias e desvios das nossas 10 espécies. Ótimo! Vamos construir nossa comunidade no gradiente. Vamos faze-lo para a primeira espécie: | + | Agora temos médias e desvios das nossas 10 espécies. Ótimo! Vamos construir nossa comunidade no gradiente. Vamos fazê-lo para a primeira espécie: |
medias[1] | medias[1] | ||
desvios[1] | desvios[1] | ||
Linha 55: | Linha 52: | ||
... | ... | ||
- | Parece tudo ótimo... mas há um problema! Veja como as espécies que apresentam médias próximas ao limite do gradiente tem sua distribuição truncada. Isso faz com que a probabilidade total (área sob a curva) seja menor que um. A distribuição normal teórica vai de menos a mais infinito. Quando restringimos o gradiente para valores finitos | + | Parece tudo ótimo... mas há um problema! Veja como as espécies que apresentam médias próximas ao limite do gradiente tem sua distribuição truncada. Isso faz com que a probabilidade total (área sob a curva) seja menor que um. A distribuição normal teórica vai de menos infinito |
< | < | ||
Linha 78: | Linha 75: | ||
Isso foi legal, mas para simular uma comunidade maior seria tedioso ficar copiando linhas e mudando o valor do indexador dos objetos //medias// e // | Isso foi legal, mas para simular uma comunidade maior seria tedioso ficar copiando linhas e mudando o valor do indexador dos objetos //medias// e // | ||
- | < | + | < |
Para tarefas tediosas e repetitivas podemos usar o R para nos ajudar. No caso do gráfico acima, podemos automatizar o código para que ele repita a tarefa mudando apenas os valore que queremos a cada ciclo. Para isso usamos o //for()// dessa forma: | Para tarefas tediosas e repetitivas podemos usar o R para nos ajudar. No caso do gráfico acima, podemos automatizar o código para que ele repita a tarefa mudando apenas os valore que queremos a cada ciclo. Para isso usamos o //for()// dessa forma: | ||
< | < | ||
Linha 120: | Linha 117: | ||
- | Dê uma olhada, como quem não quer nada, no gráfico do seu coleguinha ao lado. Por que o dele é mais bonito? Os gráficos não deveriam ser iguais já que ambos seguiram o mesmo roteiro com o mesmo código? Rode os comando | + | Dê uma olhada, como quem não quer nada, no gráfico do seu coleguinha ao lado. Por que o dele é mais bonito? Os gráficos não deveriam ser iguais já que ambos seguiram o mesmo roteiro com o mesmo código? Rode os comandos |
+ | http:// | ||
par(mfrow=c(2, | par(mfrow=c(2, | ||
graf.com(medias=sample(2: | graf.com(medias=sample(2: | ||
===== Amostrando a Comunidade Virtual ===== | ===== Amostrando a Comunidade Virtual ===== | ||
- | {{:mod1:restr: | + | {{:mod1:mat_apoio: |
Agora vamos avançar seguindo um processo de amostragem da nossa comunidade. Vamos imaginar que esse gradiente existe e que a comunidade é exatamente essa que construímos. Sem nenhuma informação prévia do sistema, há duas perguntas sobre estrutura da comunidade: | Agora vamos avançar seguindo um processo de amostragem da nossa comunidade. Vamos imaginar que esse gradiente existe e que a comunidade é exatamente essa que construímos. Sem nenhuma informação prévia do sistema, há duas perguntas sobre estrutura da comunidade: | ||
- A comunidade responde ao gradiente ambiental? | - A comunidade responde ao gradiente ambiental? | ||
Linha 242: | Linha 239: | ||
===== Comunidade Discreta ===== | ===== Comunidade Discreta ===== | ||
- | {{:mod1:restr: | + | {{:mod1:mat_apoio: |
Agora sabendo que está funcionando, | Agora sabendo que está funcionando, | ||
*1. Fazemos um amostra de cinco valores de um ponto do gradiente com uma certa variação: essas serão as primeiras 5 médias das espécies | *1. Fazemos um amostra de cinco valores de um ponto do gradiente com uma certa variação: essas serão as primeiras 5 médias das espécies | ||
Linha 268: | Linha 265: | ||
</ | </ | ||
- | |||
===== Comparando a Amostra com a População ===== | ===== Comparando a Amostra com a População ===== | ||
- | {{:mod1:restr: | + | {{:mod1:mat_apoio: |
Até agora criamos uma comunidade e fizemos uma amostra dela ao longo de um gradiente ambiental. Será que a amostra é fiel ao padrão expresso pela espécie no gradiente? | Até agora criamos uma comunidade e fizemos uma amostra dela ao longo de um gradiente ambiental. Será que a amostra é fiel ao padrão expresso pela espécie no gradiente? | ||
Linha 277: | Linha 273: | ||
par(mfrow=c(2, | par(mfrow=c(2, | ||
graf.com(medias=medias, | graf.com(medias=medias, | ||
- | matplot(amostra, | + | matplot(amostra, |
graf.com(medias=med1, | graf.com(medias=med1, | ||
- | matplot(amost1, | + | matplot(amost1, |
</ | </ | ||
Linha 288: | Linha 284: | ||
===== Arquivo do script ===== | ===== Arquivo do script ===== | ||
- | {{:mod1:restr: | + | {{:mod1:mat_apoio: |
--- // | --- // |