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mod1:mat_apoio:biogeo [2010/09/14 21:21] marcelmod1:mat_apoio:biogeo [2024/01/11 15:21] (atual) – edição externa 127.0.0.1
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 {{:mod1:mat_apoio:arqui.jpg?300 |http://www.luontoon.fi/page.asp?Section=5353}} {{:mod1:mat_apoio:arqui.jpg?300 |http://www.luontoon.fi/page.asp?Section=5353}}
  
-"A relação espécies-área é uma das poucas **leis** genuínas em ecologia" (Gotelli, 2007). O que você acha desta afirmação? Será que podem existir leis em biologia e especialmente em ecologia? +"A relação espécies-área é uma das poucas **leis** genuínas em ecologia" (Gotelli, 2007). O que você acha desta afirmação? Será que podem existir leis em ecologia? Vamos conferir!
  
-Como toda lei que se preze, a lei da relação espécies-área é descrita por uma equação matemática:  +Que tal agora darmos um passeio pelo mundo "real"? Vamos ver alguns dados reais, coletados por pessoas reais em lugares reais. Então é tudo verdade, ok? Rode os comandos no R para ver os tais dados.
-<m>S=c A^z</m> , onde **S** é o número de espécies, **A** é a área e **c** e **z** são constantes. Esta é uma função de potência, mas podemos transformá-la em uma equação de reta: +
-<m |>log(S)=log(c)+z log(A)</m> . Rode os comandos abaixo (adivinhem onde!) no **R**. Eles criarão uma função que vocês podem usar para explorar as propriedades das equações acima. +
- +
-<code> +
-spp.area=function(c , z){ +
- curve(expr = c*x^z , from=1, to=100, ylim=c(1,10000), xlab="Área",  +
- ylab="Número de espécies", font.lab=2, lwd=2, col=2, main=paste("c = ",c,"; z = ",z)) +
- curve(expr = c*x^z , from=1, to=100, ylim=c(1,10000), xlab="Área",  +
- ylab="Número de espécies", font.lab=2, lwd=2, col=2, main=paste("c = ",c,"; z = ",z), log="xy"+
-+
- +
-par(mfrow=c(2,2)) +
-spp.area(c = 1.1 , z = 2) +
- +
- +
-</code> +
- +
-Note que os dois eixos do gráfico da direita estão em escala logarítmica. Note também que a função lhe permite variar os dois parâmetros da equação: **c** e **z**. Altere os valores desses parâmetros e veja o que acontece. Você consegue pensar em um significado biológico para esses dois parâmetros? +
- +
-Que tal agora darmos um passeio pelo mundo "real"? Vamos ver alguns dados reais, coletados por pessoas reais em lugares reais. Então é tudo verdade, ok? Rode os comandos para ver os tais dados.+
  
 <code> <code>
Linha 40: Linha 20:
 calif calif
  
-Ajuste da reta +Gráfico 
-mod=lm(log10(riqueza)~log10(area),data=calif) +plot(riqueza~area,data=calif,xlab="Área",ylab="Número de espécies",main="Menina eu vou pra Califórnia...", 
-mod+ bty="l",font.lab=2) 
 +</code> 
 +A lei da relação espécies-área é empírica, ou seja, foi descrita a partir de dados como os acima. A relação acima pode ser descrita por uma função de potência:  
 +<m>S=c A^z</m> , onde **S** é o número de espécies, **A** é a área e **c** e **z** são constantes.  
 +Veja o gráfico dessa função: 
 +<code> 
 +x11() 
 +curve(expr = 2.39*x^.22 , from=0, to=25000, xlab="Área", 
 + ylab="Número de espécies", font.lab=2, lwd=2, col=2
 +</code>
  
 +
 +Agora observe o que acontece quando transformamos as escalas do gráfico em logaritmos: 
 +<code>
 # Gráfico # Gráfico
-par(mfrow=c(1,1)) +plot(riqueza~area,data=calif,log="xy",xlab="Área",ylab="Número de espécies",main=c("Menina eu vou pra Califórnia...",
-plot(riqueza~area,data=calif,log="xy",main=c("Menina eu vou pra Califórnia...",+
  paste("c = ",round(mod[[1]][1],2),"; z = ",round(mod[[1]][2],2))),bty="l",font.lab=2)  paste("c = ",round(mod[[1]][1],2),"; z = ",round(mod[[1]][2],2))),bty="l",font.lab=2)
 +
 +
 +# Ajuste da reta
 +mod=lm(log10(riqueza)~log10(area),data=calif)
 +mod
 abline(mod,col=2) abline(mod,col=2)
 </code> </code>
 +
 +Note que o que era uma função de potência, na escala logaritmica vira uma equação de reta:
 +<m |>log(S)=log(c)+z log(A)</m>
 +
 Esses dados,  de espécies de plantas vasculares endêmicas em regiões da California foram coletados por Johnson e colaboradores e publicados em um trabalho em 1968 (ver referências no fim da página). Estão disponíveis neste [[http://math.hws.edu/~mitchell/SpeciesArea/index.html|site]] . Esses dados,  de espécies de plantas vasculares endêmicas em regiões da California foram coletados por Johnson e colaboradores e publicados em um trabalho em 1968 (ver referências no fim da página). Estão disponíveis neste [[http://math.hws.edu/~mitchell/SpeciesArea/index.html|site]] .
  
-Aí vai um desafio para vocês fazerem em casaserá que é possível recriar esses dados com os modelos vistos no exercício? Então se liga nos modelos que virão seguir porque quem conseguir ganha uma jujuba! (Lembrem-se que vocês devem se empenhar pelo bem da ciência, não pelos prêmios.)+Agora vamos brincar um pouco com a relação espécies-área variando os parâmetros **c** e **z**. Rode os comandos abaixo: 
 + 
 +<code> 
 +spp.area=function(c , z){ 
 + curve(expr = c*x^z , from=1, to=10^10, xlab="Área", ylim=c(1,500), 
 + ylab="Número de espécies", font.lab=2, lwd=2, col=2, main=paste("c = ",c,"; z = ",z)) 
 + curve(expr = c*x^z , from=1, to=10^10, xlab="Área", ylim=c(1,500), 
 + ylab="Número de espécies", font.lab=2, lwd=2, col=2, main=paste("c = ",c,"; z = ",z), log="xy"
 +
 + 
 +par(mfrow=c(2,2)) 
 +spp.area(c = 1.5 , z = .25) 
 +spp.area(c = 2.1 , z = .25) 
 + 
 + 
 +</code> 
 + 
 + 
 +Note que os dois eixos do gráfico da direita estão em escala logarítmica. Note também que a função lhe permite variar os dois parâmetros da equação: **c** e **z**Altere os valores desses parâmetros e veja o que acontece. Você consegue pensar em um significado biológico para esses dois parâmetros? 
 + 
 ===== Modelo de amostragem passiva ===== ===== Modelo de amostragem passiva =====
 {{:mod1:mat_apoio:ilha.jpg?300 |http://www.forumfantastik.net/forum/threads/179909-Rochas-do-mundo/page2}} {{:mod1:mat_apoio:ilha.jpg?300 |http://www.forumfantastik.net/forum/threads/179909-Rochas-do-mundo/page2}}
Linha 320: Linha 340:
 ===== O equilíbrio de MacArthur & Wilson ===== ===== O equilíbrio de MacArthur & Wilson =====
 {{:mod1:mat_apoio:equilibrista.jpg?200 |http://www.1br.biz/s/papeis-de-parede/animais/ratinho-equilibrista-3171.html}} {{:mod1:mat_apoio:equilibrista.jpg?200 |http://www.1br.biz/s/papeis-de-parede/animais/ratinho-equilibrista-3171.html}}
-A idéia básica deste modelo é que o número de espécies de uma ilha é um balanço entre a //imigração// de novas espécies vindas do continente e a //extinção// das espécies presentes. Quando as taxas de imigração (<m>lambda</m>) e extinção (<m>mu</m>) se igualam, o número de espécies (**S**) atinge um equilíbrio dinâmico:+A idéia básica deste modelo é que o número de espécies de uma ilha é um balanço entre a //imigração// de novas espécies vindas do continente e a //extinção// das espécies presentes. Quando as taxas de imigração ($$ \lambda $$) e extinção ($$\mu$$) se igualam, o número de espécies (**S**) atinge um equilíbrio dinâmico:
  
-<m>dS/dt=lambda-mu</m>+$$\frac{dS}{dt} \ \ \lambda-\mu$$
  
 O modelo assume que quanto mais espécies presentes na ilha, menor é a chegada de novas espécies do continente. Lembra de como vai ficando cada vez mais difícil encontrar figurinhas que não sejam repetidas? Pois é, o princípio é o mesmo. Neste modelo a função que descreve a taxa de imigração é: O modelo assume que quanto mais espécies presentes na ilha, menor é a chegada de novas espécies do continente. Lembra de como vai ficando cada vez mais difícil encontrar figurinhas que não sejam repetidas? Pois é, o princípio é o mesmo. Neste modelo a função que descreve a taxa de imigração é:
  
-<m>lambda=I-(I/P)S</m> +$$\lambda=I-(I/P)S$$ 
 onde **I** é a taxa de imigração máxima (quando a ilha está deserta) e **P** é o número de espécies no continente. onde **I** é a taxa de imigração máxima (quando a ilha está deserta) e **P** é o número de espécies no continente.
 Faça o gráfico: Faça o gráfico:
Linha 341: Linha 361:
 O modelo assume também uma taxa de extinção. Supondo que todas as espécies tenham uma mesma e constante taxa de extinção, esperamos que quanto maior o número de espécies presentes, maior o número de espécies que se extinguirá. É como na loteria: se cada bilhete tem uma certa probabilidade de estar premiado, quanto mais bilhetes você comprar, mais chances tem de ganhar. Vamos à equação da taxa de extinção: O modelo assume também uma taxa de extinção. Supondo que todas as espécies tenham uma mesma e constante taxa de extinção, esperamos que quanto maior o número de espécies presentes, maior o número de espécies que se extinguirá. É como na loteria: se cada bilhete tem uma certa probabilidade de estar premiado, quanto mais bilhetes você comprar, mais chances tem de ganhar. Vamos à equação da taxa de extinção:
  
-<m>mu=(E/P)S</m> +$$\mu=(E/P)S$$ 
 onde **E** é a taxa máxima de extinção, que ocorre quando o número de espécies da ilha é igual ao do continente. Veja o gráfico: onde **E** é a taxa máxima de extinção, que ocorre quando o número de espécies da ilha é igual ao do continente. Veja o gráfico:
  
Linha 358: Linha 378:
 Juntando tudo... Juntando tudo...
  
-<m>dS/dt=I-(I/P)S-(E/P)S</m> +$${dS}/{dt}\ I-(I/P)S-(E/P)S$$ 
  
 ...e batendo no liquidificador, teremos: ...e batendo no liquidificador, teremos:
  
-<m>S=IP/(I+E)</m>  e  <m>T=IE/(I+E)</m> ; +$$\ \frac{ I P }{I+E}$$ 
 + 
 +$$\ \frac{ I E }{I+E}$$ 
  
 que são, respectivamente, o número de espécies no equilíbrio (**S**) e a taxa de substituição de espécies no equilíbrio (**T**). Note que este não é um equilíbrio estático, isto é, apesar de o número de espécies permanecer constante, a composição de espécies está sempre se alterando, com novas espécies chegando e velhas espécies se extinguindo.  que são, respectivamente, o número de espécies no equilíbrio (**S**) e a taxa de substituição de espécies no equilíbrio (**T**). Note que este não é um equilíbrio estático, isto é, apesar de o número de espécies permanecer constante, a composição de espécies está sempre se alterando, com novas espécies chegando e velhas espécies se extinguindo. 
Linha 392: Linha 414:
  
 <code> <code>
-# aumentando apenas I+# aumentando apenas E
 a=seq(from=.01,to=1,by=.01) a=seq(from=.01,to=1,by=.01)
 for(i in 1:100){ for(i in 1:100){
Linha 400: Linha 422:
 </code> </code>
 <code> <code>
-# aumentando apenas E+# aumentando apenas I
 for(i in 1:100){ for(i in 1:100){
  grafeq(E=.5,I=a[i],P=100)  grafeq(E=.5,I=a[i],P=100)
Linha 428: Linha 450:
  }  }
 </code> </code>
 +
 ==== Adicionando ilhas ==== ==== Adicionando ilhas ====
  
Linha 523: Linha 546:
  
 ===== EXTRAS ===== ===== EXTRAS =====
-<box 60% red|Atenção!> Só prossiga se você estiver muito adiantado. Se não fôr o caso vá primeiro para a seção "Teoria neutra da biodiversidade". Não fique triste, você ainda pode fazer o resto em casa, tipo na sexta ou no sábado à noite... Lembrando que o autor deste roteiro não se responsabiliza por eventuais danos causados à nota do seu questionário. ^_^</box>+<box 60% red|Atenção!> Só prossiga se você estiver com tempo. Se não fôr o caso vá primeiro para a seção "Teoria neutra da biodiversidade". Não fique triste, você ainda pode fazer o resto em casa, tipo na sexta ou no sábado à noite... Lembrando que o autor deste roteiro não se responsabiliza por eventuais danos causados à nota do seu questionário. ^_^</box> 
 ==== Complicando... ==== ==== Complicando... ====
 Como diria o ditado, para quê simplificar se podemos complicar! Até agora consideramos o efeito da distância e do tamanho da ilha, só que a distância só tinha efeito sobre a taxa de imigração e o tamanho só tinha efeito na taxa de extinção. Mas será que distância não pode afetar também a taxa de extinção? E o tamanho da ilha não pode alterar a taxa de imigração? Veja a seguir. Como diria o ditado, para quê simplificar se podemos complicar! Até agora consideramos o efeito da distância e do tamanho da ilha, só que a distância só tinha efeito sobre a taxa de imigração e o tamanho só tinha efeito na taxa de extinção. Mas será que distância não pode afetar também a taxa de extinção? E o tamanho da ilha não pode alterar a taxa de imigração? Veja a seguir.
Linha 617: Linha 641:
 Note que foi preciso acrescentar mais quatro parâmetros à nossa função: //e//, //f//, //g// e //h//, que correspondem às relações entre área e imigração e entre distância e extinção, respectivamente. Note também que foi preciso estabelecer uma ordem de importância entre os fatores distância e área. Por exemplo, sabendo que a imigração aumenta com a área da ilha, mas diminui com a distância desta ilha ao continente, a taxa de imigração em uma ilha pequena próxima do continente deve ser maior do que a taxa de imigração em uma ilha grande, porém distante do continente? Foi para responder a essa pergunta que criamos o argumento //peso.A// na função. //peso.A// se refere à importância da área em relação à distância. Portanto, se //peso.A//=1, a distância não terá importância alguma, se //peso.A//=0, então só a distância tem importância, e se //peso.A//=.5, distância e área terão a mesma importância. Note que foi preciso acrescentar mais quatro parâmetros à nossa função: //e//, //f//, //g// e //h//, que correspondem às relações entre área e imigração e entre distância e extinção, respectivamente. Note também que foi preciso estabelecer uma ordem de importância entre os fatores distância e área. Por exemplo, sabendo que a imigração aumenta com a área da ilha, mas diminui com a distância desta ilha ao continente, a taxa de imigração em uma ilha pequena próxima do continente deve ser maior do que a taxa de imigração em uma ilha grande, porém distante do continente? Foi para responder a essa pergunta que criamos o argumento //peso.A// na função. //peso.A// se refere à importância da área em relação à distância. Portanto, se //peso.A//=1, a distância não terá importância alguma, se //peso.A//=0, então só a distância tem importância, e se //peso.A//=.5, distância e área terão a mesma importância.
  
- Infelizmente, não teremos tempo para fazermos todas as combinações de parâmetros que gostaríamos em aula, mas já que você não vai fazer nada neste fim de semana mesmo... :-+ Infelizmente, não teremos tempo para fazermos todas as combinações de parâmetros que gostaríamos em aula, por isso adiantamos algumas para você
 + 
 +<code> 
 +# Ilhas com diferentes áreas, mas com as mesmas distâncias 
 +par(mfrow=c(1,2)) 
 +MW.2.0(areas=c(1,15,30,60,90) , dist=rep(50,5) , P=100, peso.A=.5) 
 + 
 +# Ilhas com as mesmas áreas, mas com diferentes distâncias 
 +MW.2.0(areas=rep(50,5) , dist=c(1,15,30,60,90) , P=100, peso.A=.5) 
 + 
 +# Ilhas com diferentes áreas e distâncias 
 +MW.2.0(areas=c(1,15,30,60,90) , dist=c(90,60,30,15,1) , P=100, peso.A=.5) 
 +MW.2.0(areas=c(1,15,30,60,90) , dist=c(1,15,30,60,90) , P=100, peso.A=.5) 
 +MW.2.0(areas=c(1,10,15,30,45) , dist=c(2,20,30,60,90) , P=100, peso.A=.5) 
 +</code> 
 + 
 +Vamos agora comparar esse novo modelo 2.0 ao original: 
 + 
 +<code> 
 +# Comparando... 
 +MW(areas=c(1,15,30,60,90) , dist=rep(50,5) , P=100) 
 +x11() 
 +par(mfrow=c(1,2)) 
 +MW.2.0(areas=c(1,15,30,60,90) , dist=rep(50,5) , P=100, peso.A=.5) 
 + 
 +MW(areas=rep(50,5) , dist=c(1,15,30,60,90) , P=100) 
 +x11() 
 +par(mfrow=c(1,2)) 
 +MW.2.0(areas=rep(50,5) , dist=c(1,15,30,60,90) , P=100, peso.A=.5) 
 + 
 +MW(areas=c(1,15,30,60,90) , dist=c(90,60,30,15,1) , P=100) 
 +x11() 
 +par(mfrow=c(1,2)) 
 +MW.2.0(areas=c(1,15,30,60,90) , dist=c(90,60,30,15,1) , P=100, peso.A=.5) 
 + 
 +MW(areas=c(1,15,30,60,90) , dist=c(1,15,30,60,90) , P=100) 
 +x11() 
 +par(mfrow=c(1,2)) 
 +MW.2.0(areas=c(1,15,30,60,90) , dist=c(1,15,30,60,90) , P=100, peso.A=.5) 
 + 
 +MW(areas=c(1,10,15,30,45) , dist=c(2,20,30,60,90) , P=100) 
 +x11() 
 +par(mfrow=c(1,2)) 
 +MW.2.0(areas=c(1,10,15,30,45) , dist=c(2,20,30,60,90) , P=100, peso.A=.5) 
 + 
 +# Comparando II (alterando peso.A) 
 +par(mfrow=c(2,2)) 
 +MW.2.0(areas=c(1,15,30,60,90) , dist=rep(50,5) , P=100, peso.A=1) 
 +MW.2.0(areas=c(1,15,30,60,90) , dist=rep(50,5) , P=100, peso.A=.5) 
 +</code> 
 + 
 + 
 +Entre um modelo e outro houve alteração do resultado? Essa mudança foi qualitativa ou quantitativa? É alterado somente o número de espécies em equilíbrio (S) ou também a taxa de substituição (T)?
  
 ===== A hipótese da diversidade de habitat ===== ===== A hipótese da diversidade de habitat =====
  
 Uma das primeiras explicações para a relação espécies-área foi a de que quanto maior uma ilha, mais tipos diferentes de habitats ela abrigava. Assim, quanto maior a ilha, maior a diversidade de habitats e, portanto, maior o número de espécies. Note que para isso ser verdade cada espécie só deve ser capaz de viver em determinado tipo de habitat. Acontece que isso raramente é encontrado na natureza e é por essas e outras que essa hipótese anda em baixa hoje em dia. Em todo caso vamos dar uma olhadinha nela. Uma das primeiras explicações para a relação espécies-área foi a de que quanto maior uma ilha, mais tipos diferentes de habitats ela abrigava. Assim, quanto maior a ilha, maior a diversidade de habitats e, portanto, maior o número de espécies. Note que para isso ser verdade cada espécie só deve ser capaz de viver em determinado tipo de habitat. Acontece que isso raramente é encontrado na natureza e é por essas e outras que essa hipótese anda em baixa hoje em dia. Em todo caso vamos dar uma olhadinha nela.
- 
 ==== Uma espécie, um habitat e vice-versa ==== ==== Uma espécie, um habitat e vice-versa ====
 Primeiro vamos modelar um sistema em que cada espécie só pode viver em um determinado tipo de habitat e cada habitat só pode abrigar um tipo de espécie. Antes de seguirmos em frente é preciso determinarmos qual a relação entre área da ilha e a quantidade de habitats ela tem: Primeiro vamos modelar um sistema em que cada espécie só pode viver em um determinado tipo de habitat e cada habitat só pode abrigar um tipo de espécie. Antes de seguirmos em frente é preciso determinarmos qual a relação entre área da ilha e a quantidade de habitats ela tem:
Linha 660: Linha 735:
 </code> </code>
  
-Habitats ao acaso+=== Habitats ao acaso === 
 +Imaginemos agora que os habitats ocorrem ao acaso nas ilhas. Então, quanto maior a ilha, maior a chance de haver maior quantidades de habitats diferentes (maior diversidade de habitats).
  
 <code> <code>
Linha 678: Linha 754:
 abline(lm(log10(riq)~log10(area)),col=2) abline(lm(log10(riq)~log10(area)),col=2)
 </code> </code>
 +
 ===== Bibliografia  ===== ===== Bibliografia  =====
   * Gotelli, N.J. 2007 Ecologia. Cap. 7 - Biogeografia de ilhas. Pp. 159-181. Ed. Planta.   * Gotelli, N.J. 2007 Ecologia. Cap. 7 - Biogeografia de ilhas. Pp. 159-181. Ed. Planta.
- 
 ===== Código ===== ===== Código =====
-{{:mod1:mat_apoio:biogeo.r|}}+{{:mod1:mat_apoio:script_biogeo.r|Script}}
mod1/mat_apoio/biogeo.1284499288.txt.gz · Última modificação: 2024/01/11 15:21 (edição externa)
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