Comunidades - Fitoplâncton
Ecologia
Cada grupo de organismos fitoplanctônicos possui diferentes requerimentos fisiológicos e variam quanto as suas respostas aos parâmetros físicos e químicos do ambiente, como a luz, a temperatura e a disponibilidade de nutrientes. Desta forma, as populações fitoplanctônicas distribuem-se na coluna d’água segundo um gradiente espacial (vertical e horizontal). Também apresentam uma variação sazonal, na medida em que as condições físicas, químicas e biológicas mudam no corpo d’água (WETZEL, 2001).
O fitoplâncton é um importante produtor primário principalmente na região limnética dos ecossistemas aquáticos. Sua produtividade primária é controlada fundamentalmente pela disponibilidade de nutrientes e pela intensidade luminosa. Quando a disponibilidade de nutrientes para as algas é alta, as limitações espaciais pela luz podem reduzir o desenvolvimento da comunidade (WETZEL, 1990). O resultado da produção fotossintética é o aumento da biomassa, ou seja, o crescimento celular.
Grande biomassa de fitoplâncton acumulada na Represa Billings (São Paulo – SP). Foto de LabLimno-USP.
A acumulação da biomassa algal é determinada pelas taxas de produção e perda de biomassa. Duas categorias de fatores afetam essas taxas: a) fatores físicos e químicos que influenciam tanto a disponibilidade de luz e nutrientes para a fotossíntese e crescimento algal, como as taxas metabólicas dependentes de temperatura e perdas do fitoplâncton devido à sedimentação celular e b) fatores bióticos que influenciam a eficiência fotossintética da alga, a excreção celular da fotossíntese e a perda do fitoplâncton devido à predação ou parasitismo (KIMMEL et al., 1990).
O fitoplâncton pode ser utilizado como indicador de poluição por pesticidas ou metais pesados (presença de espécies resistentes ao cobre) em reservatórios utilizados para abastecimento. A presença de algumas espécies em altas densidades pode comprometer a qualidade das águas, impondo restrições ao seu tratamento e distribuição.