Autor: Roberto Langanke |
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Sempre
que pensamos na palavra “biodiversidade”, a imagem que nos
vem à cabeça é a de uma floresta tropical ou de um
animal que está prestes a ser extinto. A biodiversidade, porém,
é aplicada hoje também aos níveis mais microscópicos
da natureza: a biodiversidade genética, por exemplo, é um
desses níveis. Para entendermos melhor a importância da biodiversidade genética, temos que, primeiramente, lembrar da teoria da seleção natural. Segundo essa teoria, os indivíduos e espécies mais bem adaptados ao seu ambiente conseguem maior sucesso reprodutivo e, conseqüentemente, suas características hereditárias são passadas para a próxima geração. Indivíduos menos |
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adaptados
têm uma menor chance de transmitir seus genes, portanto, suas
características hereditárias tendem a desaparecer.
De uma
maneira geral, os “mais adaptados” continuam a escrever
o caminho evolutivo de sua espécie pelas próximas
gerações, enquanto que os “menos adaptados”
tendem a perecer no meio do caminho.
- As ararinhas azuis (Cyanopsitta spixii), nativas do Brasil, existiam em número de 55 indivíduos no ano de 2003, e todos em cativeiro ao redor do mundo(Revista National Geographic – Março/2003). Uma opção para que esse número de indivíduos aumente e para que a população tenha maior chance de sobrevivência seria o cruzamento entre indivíduos geneticamente afastados, para que a diversidade genética vá aumentando. Se apenas aparentados cruzassem, as chances de sobrevivência diminuirão, já que um único parasita, por exemplo, poderia matar todos indivíduos, dada a sua proximidade genética. O problema de redução da variabilidade genética é comum em populações pequenas e isoladas. Outros exemplos de populações desse tipo: guepardo africano(Aciononyx jubatus) e peixe-boi da costa brasileira(Trichechus manatus). - Na África, temos um exemplo da importância da heterozigose em populações humanas, na produção da cadeia beta da hemoglobina. O alelo normal(vamos chamá-lo "A"), quando presente na forma AA, deixa o indivíduo susceptível a malária, doença comum em algumas áreas do continente. Uma segunda forma do alelo, quando em homozigose(BB), leva o indivíduo a possuir uma forte anemia. Mas quando presente na forma heterozigota(AB), o indivíduo está protegido da malária e apresenta apenas uma pequena anemia. A heterozigose, aqui, aumenta as chances de sobrevivência e adaptação desse indivíduo.
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