O pantanal
Uma imensa planície de inundação, contida entre sistemas de serras e chapadas não muito elevadas e cortada por inúmeros rios da Bacia do Paraguai.
As chuvas periódicas provocam o transbordamento dos rios e lagoas e são responsáveis pela modificação constante da paisagem. Durante a cheia, o Pantanal se torna um enorme alagado, pontilhado de capões de mato, que crescem em pequenas elevações e servem de refúgio a muitos animais. Na época da seca, a água se restringe aos leitos dos rios, corixos, lagoas e banhados localizados nas depressões ligeiramente mais acentuadas da planície.
As condições especiais da região permitem que uma vegetação rica e variada, perfeitamente adaptada ao clima e solo, proporcione ambiente favorável a uma fauna exuberante. Lado a lado, na planície, vêem-se campos limpos, campos cerrados, capões de mato, matas ciliares, e, nas elevações pedregosas e encostas de serra, vegetação de caatinga. Em todas essas formações podem ser vistos inúmeros animais, vivendo isolados ou em bandos, numa das mais expressivas concentrações de fauna do planeta.
As populações animais e vegetais se alternam, acompanhando os ciclos das cheias e das secas. A abundância de alimento permite transferências complexas de matéria orgânica e energia nas cadeias e teias alimentares.
No Pantanal não há monotonia. A característica constante é a movimentação dos animais, seus cantos, gritos e zumbidos. A riqueza do verde, o colorido das aves, das flores e do céu, evidenciam a beleza e o equilíbrio dessa região incomparável.