Datação Radiométrica: Clair Patterson (1/2)

Geólogos do século XIX reconheceram que as rochas se formam tão lentamente quanto montanhas erodem e sedimentos assentam no fundo do oceano. Mas eles não puderam dizer exatamente quanto tempo esses processos levaram e, portanto, a idade de seus fósseis. Darwin argumentou que a Terra era imensamente antiga – o que deu ao seu processo de evolução gradual tempo de sobra para acontecer. O grande físico Lord Kelvin havia dito que o planeta era na verdade relativamente jovem – talvez 20 milhões de anos. Ele chegou a esse número estimando quanto tempo o planeta levou para esfriar da sua infância fundida até a temperatura atual. Mas Kelvin não sabia, e não podia saber, que átomos radioativos como urânio estavam se desintegrando e mantendo o planeta mais quente do que seria se fosse de outra forma.

Uma Terra mais antiga
No começo do século XX, físicos fizeram uma descoberta revolucionária: os elementos não são eternos. Átomos podem se fundir e criar novos elementos; eles podem também se desintegrar espontaneamente, disparando partículas subatômicas e mudando de um elemento para outro no processo (veja a figura à direita). Enquanto alguns físicos usaram essas descobertas em aplicações que iam de armas nucleares até a medicina nuclear, outros aplicaram-nas na compreensão do mundo natural. Em outra época se pensava que o sol queimava como o fogo de carvão, mas físicos mostraram que ele, na verdade, gera energia batendo átomos entre si e criando novos elementos. A nuvem de poeira primordial que veio para formar a Terra continha átomos instáveis, conhecidos como isótopos radioativos. Desde seu nascimento, esses isótopos tem se desintegrado e liberado energia que adiciona calor ao interior do planeta.

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Tradução em espanhol do site Entendendo a Evolução para Professores da Sociedade Espanhola de Evolução Biológica.