Diferenças

Aqui você vê as diferenças entre duas revisões dessa página.

Link para esta página de comparações

Ambos lados da revisão anteriorRevisão anterior
Próxima revisão
Revisão anterior
ensaios:2013 [2014/01/31 09:44] imartinsensaios:2013 [2021/01/12 01:48] (atual) – [Homens ou onças: competidores ou predadores?] paulo
Linha 834: Linha 834:
 A turbidez é causada pela presença de materiais em suspensão, de origem orgânica ou inorgânica e é o principal fator na determinação da espessura da zona eufótica. Desta forma, ao aumentar a turbidez você limita a quantidade de luz que estará disponível à comunidade fitoplanctônica, constituída de organismos que só se estabelecem se o hábitat for adequado e com requerimentos de crescimento e sobrevivência (Reynolds, 1984). O ambiente, então, age como um filtro, segregando espécies menos adaptadas. A composição da comunidade fitoplanctônica é, então, inicialmente aleatória e a sucessão autogênica é muitas vezes previsível ao conhecer o ambiente (Straskraba et al., 1999). Desta forma, como já é bem estabelecido que as principais forças que agem sobre a composição de uma comunidade pelágica são as restrições de recursos e energia (Reynolds, 2006), o aumento da turbidez faz com que diminua a quantidade de luz disponível para o fitoplâncton, o que acarretará em mudanças na sua composição.  A turbidez é causada pela presença de materiais em suspensão, de origem orgânica ou inorgânica e é o principal fator na determinação da espessura da zona eufótica. Desta forma, ao aumentar a turbidez você limita a quantidade de luz que estará disponível à comunidade fitoplanctônica, constituída de organismos que só se estabelecem se o hábitat for adequado e com requerimentos de crescimento e sobrevivência (Reynolds, 1984). O ambiente, então, age como um filtro, segregando espécies menos adaptadas. A composição da comunidade fitoplanctônica é, então, inicialmente aleatória e a sucessão autogênica é muitas vezes previsível ao conhecer o ambiente (Straskraba et al., 1999). Desta forma, como já é bem estabelecido que as principais forças que agem sobre a composição de uma comunidade pelágica são as restrições de recursos e energia (Reynolds, 2006), o aumento da turbidez faz com que diminua a quantidade de luz disponível para o fitoplâncton, o que acarretará em mudanças na sua composição. 
  
-Isto nos remete ao texto do Vellend (2010), onde ele procura realizar uma síntese conceitual da ecologia de comunidades. Sendo assim, os padrões na composição e diversidade de espécies seriam influenciados por quatro classes de processos: seleção (a diferença do fitness determinístico entre as espécies), deriva (mudanças estocásticas na abundância das espécies), especiação (criação de novas espécies) e deriva (movimento dos organismos pelo espaço). Equilíbrios alternativos e resiliência estão associados, ao meu ver, ao que Hutchinson e MacArthur chamavam de resultados determinísticos de interações locais entre espécies funcionalmente distintas e seus ambientes, o que para Vellend estaria relacionado com a seleção, onde a perturbação poderia ser originada por algum tipo de interação negativa entre espécies ou simplesmente devido a alguma variação de fatores ambientais.+Isto nos remete ao texto do Vellend (2010), onde ele procura realizar uma síntese conceitual da ecologia de comunidades. Sendo assim, os padrões na composição e diversidade de espécies seriam influenciados por quatro classes de processos: seleção (a diferença do fitness determinístico entre as espécies), deriva (mudanças estocásticas na abundância das espécies), especiação (criação de novas espécies) e deriva (movimento dos organismos pelo espaço). Equilíbrios alternativos e resiliência estão associados, ao meu ver, ao que Hutchinson e MacArthur chamavam de resultados determinísticos de interações locais entre espécies funcionalmente distintas e seus ambientes, o que para Vellend estaria relacionado com a seleção, onde a perturbação poderia ser originada por algum tipo de interação entre espécies ou simplesmente devido a alguma variação de fatores ambientais.
  
 Na minha tese de doutorado, busco estabelecer um modelo espaço-temporal de fragilidade ambiental que possa medir o grau de impacto do uso e ocupação do solo, do escoamento superficial e do fluxo de sedimentos no estado trófico e na biota fitoplanctônica em reservatórios.  Na minha tese de doutorado, busco estabelecer um modelo espaço-temporal de fragilidade ambiental que possa medir o grau de impacto do uso e ocupação do solo, do escoamento superficial e do fluxo de sedimentos no estado trófico e na biota fitoplanctônica em reservatórios. 
  
-O entorno dos reservatórios apresentam um mosaico de cobertura e uso e ocupação influenciados pelas atividades antrópicas. Este mosaico reflete em diferentes níveis de impactos dentro do reservatório (Gibson et al., 2000; Dodds et al., 2006). Portanto, em um mesmo reservatório podem ser encontrados locais impactados e não impactados, dependendo das atividades no seu entorno. Partindo deste pressuposto, eu consigo mapear estes níveis de impacto, produzindo um mapa de fragilidade ambiental (oriundo do modelo), que será validado por meio de análises de concentração de fósforo, nitrogênio e clorofila a, turbidez, de análise da composição da comunidade fitoplanctônica e de índices de estado trófico. Com isto, consigo sugerir medidas de gestão e manejo de acordo com o grau de fragilidade determinado. A figura apresentada por Scheffer (1990), onde ele apresenta a turbidez como função do nível de nutrientes e faz uma representação da estabilidade de cinco diferentes níveis de nutrientes me fez refletir a aplicação desta abordagem no meu projeto.+O entorno dos reservatórios apresentam um mosaico de cobertura e uso e ocupação influenciados pelas atividades antrópicas. Este mosaico reflete em diferentes níveis de impactos dentro do reservatório (Gibson et al., 2000; Dodds et al., 2006). Portanto, em um mesmo reservatório podem ser encontrados locais impactados e não impactados, dependendo das atividades no seu entorno. Partindo deste pressuposto, eu consigo mapear estes níveis de impacto, produzindo um mapa de fragilidade ambiental (oriundo do modelo), que será validado por meio de análises de concentração de fósforo, nitrogênio e clorofila a, turbidez, de análise da composição da comunidade fitoplanctônica e de índices de estado trófico. Com isto, consigo sugerir medidas de gestão e manejo de acordo com o grau de fragilidade determinado. A figura apresentada por Scheffer (1990), onde ele representa a turbidez como função do nível de nutrientes e faz também uma representação da estabilidade de cinco diferentes níveis de nutrientesme fez refletir a aplicação desta abordagem no meu projeto.
 ==Referências bibliográficas== ==Referências bibliográficas==
 Beisner B.E., Haydon D.T., Cuddington K. 2003. Alternative stable states in ecology. Front. Ecol. Environ.1:376–382.  Beisner B.E., Haydon D.T., Cuddington K. 2003. Alternative stable states in ecology. Front. Ecol. Environ.1:376–382. 
Linha 867: Linha 867:
 Vellend M. 2010. Conceptual synthesis in community ecology. Q Rev Biol. 2010 Jun;85(2):183-206. Vellend M. 2010. Conceptual synthesis in community ecology. Q Rev Biol. 2010 Jun;85(2):183-206.
  
 +
 +====Homens ou onças: competidores ou predadores?====
 +===Marina Xavier===
 +  * {{:ensaios:ensaio_marinaxavier.pdf|arquivo pdf}}
  
ensaios/2013.1391161472.txt.gz · Última modificação: 2014/01/31 09:44 por imartins
CC Attribution-Noncommercial-Share Alike 4.0 International
www.chimeric.de Valid CSS Driven by DokuWiki do yourself a favour and use a real browser - get firefox!! Recent changes RSS feed Valid XHTML 1.0