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-===== Vinícius Soares Antunes ===== 
  
-**Competição**+====Competição==== 
 +=== Vinícius Soares Antunes ===
  
 Em interações entre espécies, a competição é algo comum em populações naturais de plantas e animais, e particularmente forte entre os herbívoros. Segundo Ricklefs (2003), a competição é qualquer uso ou defesa de um recurso por um indivíduo que reduz a disponibilidade daquele recurso para outros indivíduos. No seu sentido mais amplo a competição se refere à interação de dois ou mais organismos que estão à procura de um mesmo recurso, como por exemplo, alimento, território, água ou luminosidade. Em interações entre espécies, a competição é algo comum em populações naturais de plantas e animais, e particularmente forte entre os herbívoros. Segundo Ricklefs (2003), a competição é qualquer uso ou defesa de um recurso por um indivíduo que reduz a disponibilidade daquele recurso para outros indivíduos. No seu sentido mais amplo a competição se refere à interação de dois ou mais organismos que estão à procura de um mesmo recurso, como por exemplo, alimento, território, água ou luminosidade.
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 Entender a organização dos animais no espaço e no tempo é uma questão central da ecologia, já que a dinâmica populacional está diretamente ligada ao arranjo espacial e aos movimentos causados por pressões internas e externas sobre a população (KERNOHAN et al., 2001). Sendo assim, em meu projeto de pesquisa estimar do tamanho da área de vida do veado-catingueiro e as possíveis diferenças nos tamanhos, em função da abundância e distribuição de alimentos no Pantanal sul-matogrossense e pela densidade da população, pode ser também fortemente influenciada e explicada pela competição intra-específica destes animais pelos recursos como os abrigos, alimentos e o acesso ou restrição à parceiros sexuais. Entender a organização dos animais no espaço e no tempo é uma questão central da ecologia, já que a dinâmica populacional está diretamente ligada ao arranjo espacial e aos movimentos causados por pressões internas e externas sobre a população (KERNOHAN et al., 2001). Sendo assim, em meu projeto de pesquisa estimar do tamanho da área de vida do veado-catingueiro e as possíveis diferenças nos tamanhos, em função da abundância e distribuição de alimentos no Pantanal sul-matogrossense e pela densidade da população, pode ser também fortemente influenciada e explicada pela competição intra-específica destes animais pelos recursos como os abrigos, alimentos e o acesso ou restrição à parceiros sexuais.
  
-**Literatura Citada**+==Literatura Citada==
  
 BURT, W. H. Territoriality and home range as applied to mammals. Journal of mammalogy, v.24, p.346-352, 1943. BURT, W. H. Territoriality and home range as applied to mammals. Journal of mammalogy, v.24, p.346-352, 1943.
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-===== Camilla Presente Pagotto ===== 
- 
-== Trade-off == 
  
 +==== Trade-off ====
 +=== Camilla Presente Pagotto ===
  
 Um trade-off refere-se a uma correlação negativa entre os efeitos do fitness de dois atributos em um organismo, que podem ser fisiológicos, morfológicos, comportamentais ou ecológicos de tal forma que ambos não podem ser otimizados ao mesmo tempo (Tilman, 1990; Chaise & Leibold, 1992; West-Eberhard, 2003). Segundo Stearns (1994) pelo menos 45 trade-offs são facilmente definidos entre os atributos de história de vida de um organismo. O conceito de trade-off parece remontar à antiga lei da “Compensação do Crescimento”,  proposta por Saint-Hilaire & Goethe (1859, apud Darwin, 1859, p. 163), ou a idéia de “a fim de poder despender de um lado, a natureza é forçada a economizar por outro” citada no livro “Origem das espécies” (Darwin, 1859).  Um trade-off refere-se a uma correlação negativa entre os efeitos do fitness de dois atributos em um organismo, que podem ser fisiológicos, morfológicos, comportamentais ou ecológicos de tal forma que ambos não podem ser otimizados ao mesmo tempo (Tilman, 1990; Chaise & Leibold, 1992; West-Eberhard, 2003). Segundo Stearns (1994) pelo menos 45 trade-offs são facilmente definidos entre os atributos de história de vida de um organismo. O conceito de trade-off parece remontar à antiga lei da “Compensação do Crescimento”,  proposta por Saint-Hilaire & Goethe (1859, apud Darwin, 1859, p. 163), ou a idéia de “a fim de poder despender de um lado, a natureza é forçada a economizar por outro” citada no livro “Origem das espécies” (Darwin, 1859). 
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-=====Vanda Lúcia Ferreira===+====Diversidade local e regional==== 
- +===Vanda Lúcia Ferreira===
- +
-**Diversidade local e regional** +
  
 Diversidade biológica (ou biodiversidade), um dos atributos estruturais da comunidade, tem sido amplamente utilizada como ferramenta na biologia da  conservação. Essa pode ser avaliada em escala inferior e superior a da espécie (e.g. diversidade genética, evolutiva) conferindo a biodiversidade, uma variedade de significados. A riqueza e equitabilidade combinam-se para determinar a diversidade de uma comunidade, mas na sua definição mais simplificada,  tem sido associada como sinônimo de riqueza de espécies.  A riqueza de especies local e regional está associada aos nichos efetivos (e.g. Veech & Crist  2007), grau de sobreposição e gama de recursos disponiveis, forças efeitos das interações (MacArthur 1972, May 1972), saturação de espécies (ver Ricklefs 1987, Soares et al 2001).  Diversidade biológica (ou biodiversidade), um dos atributos estruturais da comunidade, tem sido amplamente utilizada como ferramenta na biologia da  conservação. Essa pode ser avaliada em escala inferior e superior a da espécie (e.g. diversidade genética, evolutiva) conferindo a biodiversidade, uma variedade de significados. A riqueza e equitabilidade combinam-se para determinar a diversidade de uma comunidade, mas na sua definição mais simplificada,  tem sido associada como sinônimo de riqueza de espécies.  A riqueza de especies local e regional está associada aos nichos efetivos (e.g. Veech & Crist  2007), grau de sobreposição e gama de recursos disponiveis, forças efeitos das interações (MacArthur 1972, May 1972), saturação de espécies (ver Ricklefs 1987, Soares et al 2001). 
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-**Literatura Citada**+==Literatura Citada==
  
 Chase, J.M. & Leibold, M.A. (2002). Spatial scale dictates the productivity-biodiversity relationship. Nature, 416, 427-430.  Chase, J.M. & Leibold, M.A. (2002). Spatial scale dictates the productivity-biodiversity relationship. Nature, 416, 427-430. 
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-===== Fernanda D. Abra =====+====Metacomunidades==== 
 + 
 +=== Fernanda D. Abra ===
  
-**Metacomunidades** 
  
 Ecologia de comunidades é um campo de conhecimento que visa explicar os padrões da distribuição, abundancia e as interações das espécies (Townsend et al.; 2006). Tais padrões ocorrem em diferentes escalas espaciais e podem variar com a escala de observação, sugerindo que diferentes princípios devem ser aplicados em diferentes escalas (Cassemiro & Pardial, 2008). Entretanto, estudos sobre a teoria das comunidades são focados em uma única escala, assumindo que as comunidades locais são fechadas e isoladas (Leibold et al., 2004). Dentro das comunidades locais, as populações interagem diretamente umas com as outras afetando os índices de natalidade e mortalidade, como mostra o modelo clássico da equação de Lotka Volterra , mas as interações e a demografia de comunidades locais podem também ser influenciadas por tipos de dinâmicas espaciais tal como o fluxo de indivíduos que criam o efeito de massa e a dinâmica de machas “fonte-sumidouros” (source sink), essas dinâmicas envolvem interações entre comunidades locais e são denominadas como metacomunidades (Leibold et al., 2004). Metacomunidade, portanto, é um conjunto de comunidades locais que são ligadas pela dispersão da interação de múltiplas espécies. O primeiro trabalho foi publicado por Wilson em 1992, mas a introdução do termo foi feita por Gilpin & Hanski (1991). O conceito de metacomunidades descreve processos que ocorrem em escalas regionais e sugerem um novo modo de se pensar sobre a interação de espécies. Esse novo conhecimento contribui para explicar os padrões de distribuição, abundancia e interações de organismos em escalas locais e regionais, o que tem sido inovador para a Teoria das Comunidades e para a Teoria Ecológica em geral (Leibold et al., 2004). Ecologia de comunidades é um campo de conhecimento que visa explicar os padrões da distribuição, abundancia e as interações das espécies (Townsend et al.; 2006). Tais padrões ocorrem em diferentes escalas espaciais e podem variar com a escala de observação, sugerindo que diferentes princípios devem ser aplicados em diferentes escalas (Cassemiro & Pardial, 2008). Entretanto, estudos sobre a teoria das comunidades são focados em uma única escala, assumindo que as comunidades locais são fechadas e isoladas (Leibold et al., 2004). Dentro das comunidades locais, as populações interagem diretamente umas com as outras afetando os índices de natalidade e mortalidade, como mostra o modelo clássico da equação de Lotka Volterra , mas as interações e a demografia de comunidades locais podem também ser influenciadas por tipos de dinâmicas espaciais tal como o fluxo de indivíduos que criam o efeito de massa e a dinâmica de machas “fonte-sumidouros” (source sink), essas dinâmicas envolvem interações entre comunidades locais e são denominadas como metacomunidades (Leibold et al., 2004). Metacomunidade, portanto, é um conjunto de comunidades locais que são ligadas pela dispersão da interação de múltiplas espécies. O primeiro trabalho foi publicado por Wilson em 1992, mas a introdução do termo foi feita por Gilpin & Hanski (1991). O conceito de metacomunidades descreve processos que ocorrem em escalas regionais e sugerem um novo modo de se pensar sobre a interação de espécies. Esse novo conhecimento contribui para explicar os padrões de distribuição, abundancia e interações de organismos em escalas locais e regionais, o que tem sido inovador para a Teoria das Comunidades e para a Teoria Ecológica em geral (Leibold et al., 2004).
Linha 618: Linha 615:
 Meu interesse sobre o conceito de metacomunidades no meu projeto de mestrado é entender e avaliar os impactos das rodovias sobre as comunidades animais, principalmente no tocante aos atropelamentos desses animais em rodovias em que não foram instaladas medidas mitigatórias a esses impactos (como cercas e passagens de fauna aéreas ou subterrâneas) e sobre o isolamento genético das populações e comunidades do entorno, em rodovias em que foram instaladas medidas mitigatórias para reestabelecer a conectividade entre fragmentos e evitar os atropelamentos. A teoria de metacomunidades resgata o conceito de Ecologia ao abranger a importância das interações das espécies que compõem as comunidades, suas dispersões e as conseqüentes relações decorrentes dessa estrutura biológica, sob um aspecto pratico, o avanço teórico conseguido com os estudos de metacomunidades pode alcançar novas possibilidades no avanço de medidas para a conservação de biodiversidade  Meu interesse sobre o conceito de metacomunidades no meu projeto de mestrado é entender e avaliar os impactos das rodovias sobre as comunidades animais, principalmente no tocante aos atropelamentos desses animais em rodovias em que não foram instaladas medidas mitigatórias a esses impactos (como cercas e passagens de fauna aéreas ou subterrâneas) e sobre o isolamento genético das populações e comunidades do entorno, em rodovias em que foram instaladas medidas mitigatórias para reestabelecer a conectividade entre fragmentos e evitar os atropelamentos. A teoria de metacomunidades resgata o conceito de Ecologia ao abranger a importância das interações das espécies que compõem as comunidades, suas dispersões e as conseqüentes relações decorrentes dessa estrutura biológica, sob um aspecto pratico, o avanço teórico conseguido com os estudos de metacomunidades pode alcançar novas possibilidades no avanço de medidas para a conservação de biodiversidade 
  
-**Literatura Citada**+==Literatura Citada==
  
 Bond, A.R.; Jones, D.N. Temporal trends in use of fauna-friendly underpasses and overpasses. Wildlife Research, 35, p. 103-112, 2008. Bond, A.R.; Jones, D.N. Temporal trends in use of fauna-friendly underpasses and overpasses. Wildlife Research, 35, p. 103-112, 2008.
Linha 648: Linha 645:
 Wilson, D.S. Complex interactions in metacommunities, with implications for biodiversity and higher levels of selection Ecology, 73, 1984-2000, 1992. Wilson, D.S. Complex interactions in metacommunities, with implications for biodiversity and higher levels of selection Ecology, 73, 1984-2000, 1992.
  
-=====Hamanda Badona Cavalheri===== 
  
-**Filtros Ambientais**+====Filtros Ambientais==== 
 +===Hamanda Badona Cavalheri===
  
 A composição de espécies em uma comunidade varia com o tempo e o espaço, sendo determinada por processos ecológicos e evolutivos (Ricklefs & Schluter 1993). Essa variação afeta o pool regional de espécies, o qual limita a diversidade de espécies disponível para ocupar as comunidades locais. Sendo que o pool regional de espécies é por definição a soma das espécies presentes nas comunidades locais (Cornell & Lawton, 1992). No entanto a ocorrência das espécies pode ser limitada por fatores intrínsecos da comunidade local (MacArthur & Levins, 1967). Essa limitação de coexistência de espécies em certa área é influenciada por interações entre as espécies e entre as espécies e o meio abiótico (Cornwell et al. 2006). Assim, pode-se atribuir a coexistência de espécies devido à competição e aos filtros ambientais (Cornwell et al. 2006). Neste ensaio o enfoque da será sobre os filtros ambientais. O conceito de filtro ambiental pode ser definido como restrições impostas pelo ambiente, as quais exigem que as espécies possuam atributos semelhantes para sobreviverem nas condições impostas pelo ambiente (Cornwell et al. 2006). Portanto, nem todas as espécies presentes no pool regional são capazes de ocupar todos os ambientes devido às diferentes restrições impostas por eles (Keddy, 1992; Grime, 2006). A composição de espécies em uma comunidade varia com o tempo e o espaço, sendo determinada por processos ecológicos e evolutivos (Ricklefs & Schluter 1993). Essa variação afeta o pool regional de espécies, o qual limita a diversidade de espécies disponível para ocupar as comunidades locais. Sendo que o pool regional de espécies é por definição a soma das espécies presentes nas comunidades locais (Cornell & Lawton, 1992). No entanto a ocorrência das espécies pode ser limitada por fatores intrínsecos da comunidade local (MacArthur & Levins, 1967). Essa limitação de coexistência de espécies em certa área é influenciada por interações entre as espécies e entre as espécies e o meio abiótico (Cornwell et al. 2006). Assim, pode-se atribuir a coexistência de espécies devido à competição e aos filtros ambientais (Cornwell et al. 2006). Neste ensaio o enfoque da será sobre os filtros ambientais. O conceito de filtro ambiental pode ser definido como restrições impostas pelo ambiente, as quais exigem que as espécies possuam atributos semelhantes para sobreviverem nas condições impostas pelo ambiente (Cornwell et al. 2006). Portanto, nem todas as espécies presentes no pool regional são capazes de ocupar todos os ambientes devido às diferentes restrições impostas por eles (Keddy, 1992; Grime, 2006).
Linha 660: Linha 657:
 Como mostrado anteriormente, a composição de espécies em uma taxocenose pode ser determinada pela estrutura do habitat, por meio da seleção das espécies do pool regional que sejam capazes de ocupar o ambiente (Moermond, 1979). Entende-se por taxocenose como um grupo de espécies de uma mesma linhagem que coexistem em uma área definida (Strong Jr. et al. 1984; Diamond & Case, 1986). Dessa forma, espera-se que a composição de taxocenoses de ambientes similares sejam semelhantes (Ricklefs & Schluter, 1993). É dentro desse contexto que uma das perguntas do meu projeto se encaixa. No meu estudo busco entender os efeitos da estrutura do habitat sobre os padrões morfológicos e de composição em taxocenoses de serpentes. Uma das questões que procuro elucidar é se existe um filtro que impede que linhagens de serpentes primariamente arborícolas ocorram em fisionomias vegetais com estruturação simples (e.g. campos), ou seja, verificar se as taxocenoses de fisionomias vegetais simples são uma amostra aleatória ou enviezada do pool regional de espécies. Dessa forma, eu espero que linhagens nas quais o hábito arborícola seja predominante serão pouco representadas em habitats abertos, assim, a composição das taxocenoses reflete a manutenção de atributos imposta pela filogenia. Como mostrado anteriormente, a composição de espécies em uma taxocenose pode ser determinada pela estrutura do habitat, por meio da seleção das espécies do pool regional que sejam capazes de ocupar o ambiente (Moermond, 1979). Entende-se por taxocenose como um grupo de espécies de uma mesma linhagem que coexistem em uma área definida (Strong Jr. et al. 1984; Diamond & Case, 1986). Dessa forma, espera-se que a composição de taxocenoses de ambientes similares sejam semelhantes (Ricklefs & Schluter, 1993). É dentro desse contexto que uma das perguntas do meu projeto se encaixa. No meu estudo busco entender os efeitos da estrutura do habitat sobre os padrões morfológicos e de composição em taxocenoses de serpentes. Uma das questões que procuro elucidar é se existe um filtro que impede que linhagens de serpentes primariamente arborícolas ocorram em fisionomias vegetais com estruturação simples (e.g. campos), ou seja, verificar se as taxocenoses de fisionomias vegetais simples são uma amostra aleatória ou enviezada do pool regional de espécies. Dessa forma, eu espero que linhagens nas quais o hábito arborícola seja predominante serão pouco representadas em habitats abertos, assim, a composição das taxocenoses reflete a manutenção de atributos imposta pela filogenia.
  
-Referências bibliográficas+==Referências bibliográficas==
  
 CADLE, J.E.; GREENE, H.W. Phylogenetic patterns, biogeography, and the ecological structure of Neotropical snake assemblages. In: RICKLEFS, R. E.; SCHLUTER, D. Species diversity in ecological communities: historical and geographical perspectives. Chicago: University of Chicago Press, 1993. p. 281-293. CADLE, J.E.; GREENE, H.W. Phylogenetic patterns, biogeography, and the ecological structure of Neotropical snake assemblages. In: RICKLEFS, R. E.; SCHLUTER, D. Species diversity in ecological communities: historical and geographical perspectives. Chicago: University of Chicago Press, 1993. p. 281-293.
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